O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, não poupou críticas nesta Páscoa, quando celebrava missa na Capital, aos esquemas e pessoas envolvidas com a compra e venda de votos para favorecer pré-candidatos ou parlamentares que pretendem disputar a reeleição. Para ele, quem vota em corrupto, vota na morte e quem vende seu voto é uma pessoa sem caráter.
Dom Aldo lembrou que, desde que assumiu o comando da Arquidiocese da Paraíba vem fortalecendo o engajamento da Igreja no combate a práticas ilícitas e fraudulentas no processo eleitoral. “Vamos continuar engajados mais ainda. Somos contrários a qualquer prática ilegal no pleito. Quem compra voto, quem vota em corrupto, vota na morte e vende a sua alma”, declarou.
Segundo ele, a compra e venda de voto é uma prática escabrosa, inadmissível e inapelável. Mas Dom Aldo entende que não se pode cair no denuncismo, sem apresentar provas e apontar os responsáveis, junto a órgãos competentes, como o Ministério Público Estadual e Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na semana passada, o vereador Aristávora Santos, chegou a denunciar que nos municípios já existem esquemas de compra e venda de votos e os TREs nem TSE teriam força para combater essa prática. Tavinho sugeriu, inclusive, que a Justiça Eleitoral infiltrasse fiscais disfarçados para identificar os envolvidos.
Dom Aldo reforçou que a Igreja não admite que ocorra, além da compra e negociata, a troca de favores, clientelismo, currais, enfim, todas aquelas séries de expedientes que, segundo ele, no fundo tem o mesmo denominador comum: “corrupção”.
O religioso afirmou que a Igreja está engajada também na luta para impedir que políticos corruptos voltem a disputar o pleito. Ele voltou a ressaltar que os padres dispostos a concorrer a cargos eletivos devem suspender suas atividades eclesiásticas.