A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que subiu de três para cinco o número de casos suspeitos de gripe A (H1N1) na Paraíba. Dois adolescentes de 15 e 16 anos, moradores de João Pessoa, que retornaram esta semana de países de risco de contaminação pelo vírus H1N1, apresentaram febre e tosse e estão sendo monitorados. Eles permanecem em isolamento domiciliar, apesar ter sido recomendada a internação de um deles. Vinte e sete pessoas que tiveram contatos próximos com as cinco pessoas suspeitas de contaminação pelo o novo vírus também estão sendo acompanhadas.
A gerente de Respostas Rápidas, Diana Pinto, explicou que o primeiro desses dois casos mais recentes é um adolescente de 15 anos que procurou o Hospital Universitário na terça-feira (30) com febre e tosse e relatou que havia retornado da Argentina um dia antes. O outro rapaz de 16 anos apresentou os mesmos sintomas e procurou o HU nesta quarta-feira, um dia depois de ter retornado do Chile.
“Recomendamos à família desse segundo caso que internasse o adolescente por precaução, porque ele está no grupo de risco, é pneumopata crônico (tem asma) e pode desenvolver complicações, se estiver mesmo com o novo vírus. Mas a família não quis, optando pelo isolamento domiciliar. Ele será medicado em casa”, afirmou Diana Pinto.
Os outros três casos que estão sendo investigados são de uma promotora, uma advogada e uma criança de 6 anos, que estão em isolamento domiciliar desde o último final de semana. O resultado das amostras de secreção desses três pacientes, que foram encaminhadas para o Instituto Evandro Chagas, no Pará, estava sendo aguardado para esta quarta-feira, mas até o início da noite a SES ainda não havia recebido. “Houve um aumento de casos nas regiões Norte e Nordeste e acreditamos que o número de amostras a serem processadas esteja dificultando a análise. Mas estão dentro do prazo, que são três dias úteis”, explicou a gerente.
Desde o surgimento do novo vírus, foram notificados 14 casos suspeitos no Estado, sendo sete descartados, dois confirmados e cinco ora investigados. O isolamento hospitalar só é recomendado aos pacientes do grupo de risco de complicações e óbitos por influenza, que são crianças menores de 2 anos, adultos com mais de 60 anos, pessoas imunodeprimidas (que estão fazendo quimioterapia ou têm HIV), cardiopatas, pneumopatas e mulheres grávidas.