Nos próximos dias, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, se reúne com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A data do encontro, ainda em definição será na Casa Branca, em Washington, e antes da posse de Dilma. A agenda inclui uma série de temas, desde a crise cambial até o desenvolvimento sustentável e os projetos do pré-sal. Assessores do presidente norte-americano confirmaram que ele deverá vir ao Brasil no primeiro semestre de 2011.
A reunião de Dilma e Obama deve se dividir em duas etapas. Na primeira, ambos estarão com assessores brasileiros e norte-americanos. Em outro momento, os dois líderes ficarão a sós. A previsão é que o encontro dure pouco mais de uma hora. A presidenta eleita e o presidente norte-americano foram apresentados oficialmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, durante a Cúpula do G-20 (que engloba as maiores economias mundiais), em Seul, na Coréia do Sul.
Assessores que preparam a reunião, em Washington, informaram ainda que Obama e Dilma deverão tratar também das preocupações dos empresários norte-americanos. Nos últimos meses, eles vêm perdendo espaço no Brasil para os chineses, no caso dos investimentos no País, assim como para os canadenses, no que se refere às exportações brasileiras.
A perda de espaço no mercado nacional desperta o alerta para os empresários norte-americanos, considerando que historicamente os Estados Unidos sempre foram os principais investidores no Brasil.
Em Washington, a presidenta eleita terá oportunidade de conversar também com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, e um grupo de autoridades do governo nas áreas de segurança nacional, energia e meio ambiente.
Em pauta, a guerra cambial – causada por medidas unilaterais, inclusive por parte dos Estados Unidos, para o fortalecimento da economia de certos países, e que gera um desequilíbrio global –, o estímulo ao uso de energia limpa, os projetos do pré-sal, ações de cooperação para os países pobres, em especial, o Haiti e, por fim, as questões relativas às mudanças climáticas e propostas para o desenvolvimento sustentável.
Agência Brasil