A presidente Dilma Rousseff entrou em campo para acalmar o aliado PMDB, informa reportagem de Natuza Nery, Maria Clara Cabral, Simone Iglesias, Sofia Fernandes eBernardo Mello Franco, publicada na Folhadesta sábado.
Ela conversou com o vice-presidente, Michel Temer, e disse que não há perseguição do Palácio do Planalto a nenhum dirigente da legenda.
Ontem, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou que o governo precisa de "serenidade" e "maturidade" para enfrentar a crise com o PMDB.
O petista afastou o risco de rompimento, mas se esquivou de dizer se o partido aliado será mantido no comando do Dnocs e da Transpetro (subsidiária da Petrobras).
Também na sexta-feira, o "Diário Oficial da União" publicou a exoneração do diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), Elias Fernandes Neto. A vaga ficará, interinamente, com Ramon Flávio Gomes Rodrigues.
Na quinta-feira, Fernandes Neto anunciou sua saída após relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) apontar irregularidades em sua gestão.
A decisão foi tomada após conversa entre ele e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), seu padrinho político.
Apesar de oficialmente o ministério afirmar que Fernandes pediu sua demissão, a Folha apurou que a saída foi decidida pelo Planalto e ocorre após Alves desafiar o governo a demitir o apadrinhado da legenda.
Folha Online