A declaração dada pelo governador José Maranhão (PMDB) sobre não ter pressa para extinguir o Tribunal de Contas dos Municípios e admitindo a instalação do órgão repercutiu hoje na Assembleia Legislativa, apesar da sessão ter sido realizada em Catolé do Rocha. Dois parlamentares presentes na capital do Estado hoje se pronunciaram contra a implementação do tribunal: o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Zenóbio Toscano (PSDB) e seu adversário político na região do brejo, Raniery Paulino.
Para Zenóbio, a informação vinda de Maranhão não causou surpresa: "Não me surpreendeu o que o governador disse à Rede Paraíba Sat. O projeto ainda não tinha sido votado na comissão especial e o deputado Jeová Campos já havia adiantado que o governador tinha pedido que sua bancada não votasse o projeto. Não entendemos o motivo até porque quem mais defendeu o fim do TCM foi o próprio Jeová. O Governador também disse que pediria de volta o projeto, com a desculpa de que queria a paternidade do fim do tribunal. O que está demonstrado é que se o Governador for reeleito, vai instalar o TCM, o que seria um verdadeiro retrocesso. Está claro que Maranhão não foi sincero em suas palavras, ao pregar, ano passado, o fim do tribunal porque, segundo ele, Cássio Cunha Lima queria acomodar aliados político".
Enquanto isso, o deputado Raniery Paulino manteve seu posicionamento contrário ao TCM: "Eu continuo sendo contra o TCM. O governador ainda não conversou com a bancada na Assembleia, mas eu tenho meu posicionamento pessoal, apesar de ter que ouvir o que o governador tem a dizer. Sei que o governador não tem desejo algum de instalar o TCM porque passou oito anos de seu governo com a previsão de instalação do tribunal. Ele não o fez. A extinção do TCM é um caminho sem volta. Se acabasse essa novela, seria o mais interessante. Vou trabalhar nesse sentido", resumiu.