Como resposta à matéria veiculada no Parlamentopb sobre a cobrança do governador da Paraíba aos deputados de oposição, Manoel Ludgério (PDT) e Romero Rodrigues (PSDB) reagiram à provocação e disseram que o governador terá que esperar mais pela apreciação do projeto de lei do executivo que pede autorização para contrair empréstimo de R$ 191 milhões. Segundo eles, faltam dados para que a matéria vá a plenário:
"A Oposição não tem o desejo de prejudicar a Paraíba. O projeto é que chegou à Assembleia sem o necessário detalhamento da aplicação dos recursos. Através de ofício já solicitamos que o Governador envie os dados para serem anexados ao projeto. É preciso saber no que o Estado pretende investir. Nesses primeiros meses, o Governador já quebrou a palavra várias vezes. Cito como exemplos a perseguição a pro-tempores, não celebrou convênios para o transporte escolar com as prefeituras, tentou quebrar a autonomia da UEPB, voltou atrás quanto à extinção do TCM e traiu os delegados. Portanto, da maneira como está, sem justificativa, o empréstimo não terá o nosso apoio", disse o líder de oposição, Manoel Ludgério.
O mesmo tom foi adotado pelo deputado Romero Rodrigues: "Não podemos votar um projeto sem ter conhecimento detalhado da matéria. Isso é agir com responsabilidade", disse o parlamentar, prometendo ir à tribuna da Assembleia na terça-feira para repercutir a cobrança de José Maranhão.
A queixa do governador foi feita durante a visita dele a Cajazeiras e veiculada ontem pelo Parlamentopb. Maranhão cobrou rapidez na apreciação do pedido de empréstimo de R$ 191 milhões e disse que os parlamentares que votarem contra estarão se posicionando contra o desenvolvimento do Estado, já que o dinheiro será usado para compensar as perdas decorrentes do Fundo de Participação dos Estados e da arrecadação do ICMS:
"Esse empréstimo é importante para investimentos e para o custeio da máquina administrativa. Confio na clareza de espírito e honestidade da oposição. Quem votar contra esse projeto, está votando contra a Paraíba, quer que a Paraíba não dê certo e quer que a Paraíba depois de perder R$ 150 milhões não tenha direito a um projeto de compensação de financiamento concedido pelo Governo Federal".