Em menos de dez dias após o fechamento do Grupo de Choque do 14º Batalhão de Polícia Militar, que estava instalado na cidade de Sousa (município paraibano localizado a 400 quilômetros da Capital), a população do Alto Sertão tem vivido dias de intranquilidade, com o registro de diversas ações de criminosos em toda a região polarizada por Sousa.
O alerta é do deputado estadual Lindolfo Pires (DEM), primeiro-secretário da mesa diretora da Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB), que, por meio de requerimento, oficializou ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wilde de Oliveira Monteiro, apelo para que haja o retorno das atividades da unidade militar, extinta no último dia 20 deste mês.
De acordo com o parlamentar, em um intervalo de oito horas, bandidos promoveram arrastões e assalto à agência dos Correios de São Francisco durante o pagamento dos aposentados, fato ocorrido segunda-feira, 26. “Os bandidos atiraram em via pública, ferindo moradores”, ressalta o deputado, lembrando que, em seguida, outro grupo fortemente armado montou barreira na estrada que liga São Gonçalo a São José da Lagoa Tapada, passando a assaltar os motoristas que passavam naquele trecho.
Na cidade de Lastro, assaltantes promoveram um arrastão, assaltando vários os moradores. “Os moradores da região viveram oito horas de pânico e terror”, completa o deputado. “A violência no nosso estado tem se agravado a cada dia que passa. Os meios de comunicação diariamente e a todo instante têm noticiado as ocorrências na área policial e de segurança”.
Essa mesma violência, conforme o parlamentar, tem avançado no interior paraibano, onde os moradores vivem uma situação de angústia, de medo e de insegurança. “Ao se fechar ou extinguir qualquer grupo ou atividade voltada para a redução ou prevenção da criminalidade há, evidentemente, a abertura de novas possibilidades do aumento da violência e da criminalidade”.
Em Sousa, o fechamento do Grupo de Choque do 14º Batalhão tem provocado reações por parte da sociedade. Comerciantes, empresários e lojistas temem prejuízos que possam vir a ter decorrentes de roubos e assaltos aos seus estabelecimentos comerciais.
“Há um temor generalizado quanto ao aumento da violência na região decorrente da extinção da unidade da PM, Os últimos fatos lá ocorridos atestam a veracidade desse temor”.