O deputado estadual e deputado federal eleito, Frei Anastácio, está solicitando que o Ministério Público Federal investigue se o uso das terras da fazenda Garapu, em Alhandra, que está em poder de uma empresa de Celulose, é legal ou não. O local é onde dois trabalhadores rurais sem terra foram assassinados, sábado, dia 8 deste mês.
Segundo o deputado, as terras da fazenda fazem parte da desapropriação promovida pelo Governo Federal em 1976, para fins de reforma agrária. No entanto, a fazenda com 5.200 hectares foi parar no domínio da empresa pernambucana de celulose, João Santo, que plantou bambu em toda área.
“Ninguém sabe, ao certo, como a empresa assumiu essas terras que foram desapropriadas para a reforma agrária. Toda essa situação documental precisa ser levantada, uma vez que famílias sem terra estão reivindicando a área para trabalhar. Em 1976, 350 famílias foram assentadasdistribuídas em Pitimbu, no município de Alhandra, no assentamento Mucatu e João Gomes, Andreza I e II; Em Mata de Chica, no Conde”, disse.
O parlamentar disse esperar que todas essas dúvidas sejam esclarecidas pelo Ministério Público Federal. “Se as terras foram assumidas pela empresa de forma ilegal, devem ser imediatamente destinadas ao seu fim, que é a reforma agrária”, disse.