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Dependência emocional: porta aberta para humilhação

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A dependência afetiva pode até confundir-se ou mesmo entrelaçar-se com o amor, mas precisa ser vista e tratada como um problema emocional, potencialmente capaz de afetar a saúde mental de homens e mulheres de todas as idades, orientações sexuais e segmentos sociais. Quem nunca ouviu frases do tipo “não vivo sem ele”, “amo-o tanto que não sei perdê-lo”… São relatos de pessoas que, não raro, julgam precisar da outra para a sua própria sobrevivência.

​Uma linha tênue separa o amor e espécie de parasitismo afetivo. Em situações dessa natureza, quando necessitamos de alguém para sobreviver, feito náufragos em busca de oxigênio, nos tornamos parasitas do amor. A necessidade não pode – ou não devia jamais – sobrepor-se àquele que é o maior de todos os sentimentos, propalado por poetas, músicos, filmes e entre casais enamorados em meio a beijos, abraços e revelações.

O amor requer liberdade para ir e vir, passando ao largo da dependência emocional. Ou seja, um existe sem o outro, e tem consciência da completude. Submerso na totalidade do próprio eu, o ser humano depara-se com alguém em construção, mas totalmente capaz de sentir-se inteiro para gerir sua vida. Então a sensação de bem-estar faz-se inexorável, conduzindo qualquer relação aos mares onde todos desejam velejar, mas nem sempre se alcança.
​O psicoterapeuta americano Scott Peck considera um erro comum se confundir dependência e amor. Para ele, “o amor é o exercício da escolha livre. Duas pessoas sentem amor uma pela outra apenas quando são capazes de viver uma sem a outra, mas escolhem viver uma com a outra”.

A dependência acena com sinais geralmente claros, seja em relacionamentos conjugais, familiares ou mesmo entre amigos. Fissura de controle, possessividade, excessos de zelo, ciúme e chantagens constituem alguns indicadores, que às vezes relutamos em enxergá-los, porque o enfrentamento torna-se dolorido demais. Quanto mais tempo de procrastinação, maior o ciclo vicioso.

A dependência emocional é um transtorno que tem cura, sim. A autopercepção acerca da incapacidade de funcionar adequadamente sem a ajuda do outro, embora fisicamente saudável, pode e deve ser revertida. Mas ninguém consegue sozinho. É imprescindível a ajuda profissional, assim como o apoio e acolhimento de familiares e amigos. Ao final, descobriremos o nosso melhor, para finalmente compartilhar com o outro.

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