Sindicalistas de toda a Paraíba saíram hoje da sede da Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB) para participar da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, que acontece no próximo dia 11 (quarta), em Brasília. O evento é realizado pela CUT Nacional e o objetivo é levar aos membros do Legislativo e do Executivo brasileiros uma pauta unificada com reivindicações dos trabalhadores.
De acordo com Luis Silva, presidente da CUT-PB, dois ônibus com representantes paraibanos estão indo para a Marcha. Uma das reivindicações é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário. Luis Silva explicou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95 deverá criar 45 mil novos postos de trabalho na Paraíba. Em todo o Brasil este número chega a 2 milhões de empregos.
Outra reivindicação a ser apresentada em Brasília é a criação de regulamentação relativa ao pré-sal, buscando a garantia de que o controle social e estatal da bacia de petróleo permaneça brasileiro. “São ao todo seis eixos de reivindicações que foram construídos através de diálogos com trabalhadores em cada Estado. São pontos fundamentais para garantir os direitos dos trabalhadores paraibanos”, destacou Luis Silva.
As reivindicações se baseiam em seis eixos. São eles:
– Redução da jornada de trabalho sem redução de salário;
– votação do PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo;
– novo marco regulatório para o pré-sal, que prevê a garantia do controle estatal e social do petróleo e seus derivados em todo o território nacional e que reafirma nossa soberania;
– atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo;
– ratificação das Convenções 151 (sobre a garantia de negociação coletiva no serviço público) e 158 (que coíbe a demissão imotivada) da OIT;
– aprovação do PL 1621/07;
– proposta da CUT encaminhada à Câmara pelo deputado Vicentinho (PT-SP), sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho;
– mudanças amplas e imediatas para todas as aposentadorias, incluindo aumento real para os benefícios acima do salário mínimo e regras que garantam inclusão e assegurem que mais e mais brasileiros se aposentem por tempo de contribuição, com 100% dos benefícios.