O Conselho Regional de Medicina (CRM) e a Promotoria de Saúde realizaram hoje uma inspeção no Instituto Cândida Vargas e não detectaram irregularidade na estrutura ou no atendimento da maternidade. Durante a visita, os representantes dos órgãos puderam averiguar tanto as instalações físicas, quanto o trabalho dos profissionais que atuam na instituição. Ao final, elogiaram os investimentos e ações vêm sendo realizados de forma permanente.
Para o presidente do CRM, o médico João Medeiros, toda a estrutura do hospital, incluindo as UTIs e os ambulatórios, estão em perfeitas condições de funcionamento e descartou qualquer risco de infecção hospitalar. “Da última inspeção realizada até agora, os progressos são bastante consideráveis. A estrutura dos espaços e o trabalho realizado pela equipe de profissionais não deixam suspeitas quanto à qualidade no atendimento. Não há dúvidas de que algumas melhorias precisam ser feitas, mas é importante destacar que a demanda de 50% dos pacientes provenientes do interior do Estado provoca uma sobrecarga no serviço, destacou João Medeiros.
Ainda de acordo com o presidente do CRM, os últimos casos registrados de morte de bebês podem ser encarados como fatalidades. “Precisamos apurar e aguardar a conclusão do inquérito, mas é precipitado se falar em erro médico ou falha no atendimento, tudo pode ter sido uma infeliz fatalidade”, finalizou.
O promotor da Saúde, Arlan Costa Barbosa, defende que as redes de saúde no Estado precisa ser reestruturada para que as pacientes tenham suporte em seus próprios municípios e não precisem procurar a Capital em busca de atendimento de qualidade. “Constatamos que a sobrecarga no Cândida Vargas se deve à falta de atendimento que a população recebe em seus municípios de origem. É preciso encontrar solução para esse problema”, frisou o promotor.