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Crime político é hipótese menos provável, diz polícia de Sergipe

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As investigações iniciais sobre o atentado contra o desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Sergipe, descartam a possibilidade de motivação política na tentativa de homicídio, segundo informou ao G1 o delegado Cristiano Barreto, da área de inteligência do Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope), responsável pelas investigações de campo no inquérito.

Barreto falou ao G1 após a coletiva de imprensa concedida pelas autoridades policiais do estado no fim da tarde desta quarta-feira (18). "Nós não temos a informação de se tratar de um crime político. (…) Essa é a hipótese menos provável."

O desembargador e seu motorista, o policial militar Jaílton Batista Pereira, estavam em um carro alvejado por tiros na manhã desta quarta. O magistrado foi atingido por fragmentos de projéteis e passa bem. O motorista está em estado grave. O governo trata o caso com um atentado, uma vez que não houve abordagem antes dos disparos, o que afasta a hipótese de assalto.

O delegado afirmou que as investigações estão apenas no começo e evitou confirmar se a polícia já tem um suspeito no caso, conforme afirmou o governador sergipano, Marcelo Déda.

"A gente trabalha de uma forma bem cautelosa. É o início da investigação. A gente não tem como traçar, neste momento, uma diretriz em relação a algum suspeito. É um momento de cautela, temos que trabalhar de forma técnica, bem calma, com pé no chão. Nesse momento a gente só pode dizer que está fazendo as diligências que precisam ser feitas", afirmou Cristiano Barreto.

O delegado disse que a Polícia Civil é que presidirá o inquérito da investigação, tendo o auxílio da Polícia Federal. "Para que a Polícia Federal venha a atuar diretamente no caso, precisaria ser um crime com motivação política. Não temos essa linha de investigação. Apesar de o desembargador exercer um cargo no TRE, que é federal, a obrigação de investigar é da Polícia Civil. É claro que se a PF se dispuser a ajudar, será bem vinda."

Conforme a Polícia, o carro do desembargador trafegava pela Avenida Beira Mar, na Zona Sul de Aracaju, e foi atingido por cerca de 30 tiros, vindos de quatro homens encapuzados, quando estava parado em um semáforo. Os atiradores estavam em um veículo Honda Fit, de cor prata e placa de Alagoas. O carro era roubado. Os atiradores abandonaram e queimaram o veículo nas imediações de um shopping após o crime.

Barreto informou ainda que a Polícia deve pedir a colaboração das autoridades alagoanas, para tentar identificar quem roubou o veículo que foi usado no atentado.

O delegado afirmou ainda que o atentado pode ter algum tipo de motivação particular ou se referir aos cargos que o desembargador já ocupou. Ele foi secretário de segurança pública do estado, já atuou na promotoria e já atuou na área criminal no Tribunal de Justiça.

A Secretaria de Segurança informou ainda que o secretário João Eloy determinou uma investigação "rápida e sigilosa" para que em breve os autores do atentado sejam presos. A assessoria disse que os agentes nas divisas do estado estão sob alerta para evitar a fuga de possíveis envolvidos.

Nota de repúdio

Em nota, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados de Sergipe (Amase) repudiaram o ocorrido e informaram que vão ajudar nas investigações. "As entidades também manifestam solidariedade à família do desembargador, assim como de seu motorista, Jailton Batista Pereira, que fora atingido no atentado. A AMB e Amase cobram rigor na apuração do caso e anunciam que envidarão todos os esforços no sentido de exigir e auxiliar os órgãos competentes na elucidação dos fatos e responsabilização dos culpados."

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cancelou a sessão nesta quarta-feira por conta do ocorrido.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sergipe afirmou, em nota, que o episódio mostra a "vulnerabilidade de toda a população à criminalidade".

"Isto mostra a fragilidade que todos nós estamos submetidos, transformados em reféns da criminalidade. Assim como estamos preocupados com o restabelecimento da saúde de ambas as vítimas, há também grande preocupação com a vulnerabilidade a que estamos submetidos na medida em que não se verificou nenhum resultado prático que levasse à identificação dos criminosos, numa ação repugnante realizada em plena luz do dia e em local de grande movimentação de pessoas e de veículos”, ressaltou o presidente da OAB/SE", afirma a nota.

 

G1

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