O secretário da Defesa Agropecuária e da Pesca, Rui Bezerra Cavalcanti Júnior, presidente nesta quarta-feira (1) a solenidade de abertura da primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. O evento vai acontecer a partir das 9h00, no Parque de Exposições de Animais de Campina Grande.
Os criadores paraibanos terão 30 dias para vacinar o rebanho e mais 10 dias – 10 de maio – para a entrega do comprovante nos Escritórios da Defesa Agropecuária ou na Emater. A meta é vacinar um milhão de cabeças de bovinos, que inclui ainda os bubalinos (búfalos), a fim de ter uma cobertura segura e, assim, evitar foco da doença no Estado, possibilitando a conquista do selo de Zona Livre de Febre Aftosa, com o qual a Paraíba poderá exportar sua produção de carne bovina.
Para tanto, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, está fazendo um apelo aos criadores para adquirirem a vacina nas mais de 100 farmácias cadastradas. O gerente executivo da Defesa Agropecuária, Ricardo Leite, ensina que, depois de comprada, a vacina deve ser acondicionada em um isopor com gelo a uma temperatura de 2 a 8 graus, com abrigo da luz, e aplicada o mais rápido possível.
Ricardo Leite comentou que o combate à aftosa é uma questão nacional, tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne do mundo – tem o maior rebanho comercial – e a doença é considerada uma barreira sanitária para o comércio internacional. Daí a importância de todos os estados realizarem a campanha, procurando imunizar a maior quantidade de animais possível.
O rebanho bovino e bubalino paraibano está estimado em aproximadamente 1,3 milhão de cabeças e o último foco de febre aftosa registrado no Estado foi no ano de 2000, na região de Guarabira. Entretanto, Ricardo Leite adverte que o criador não deve relaxar e lembrou o caso de Mato Grosso do Sul, que possui a maior pecuária nacional e, recentemente, foi obrigado a sacrificar animais e isolar a área por causa de um foco de aftosa. O fato gerou desemprego no campo e o fechamento de frigoríficos. "Os produtores têm que nos ajudar para que essa vacina tenha cobertura alta e evitar que ocorra um caso da doença na Paraíba, prejudicando a economia local", observou.
A segunda etapa da campanha de combate à febre aftosa acontecerá no mês de outubro, a exemplo dos anos anteriores, mas o Governo do Estado está pleiteando a auditoria do Ministério da Agricultura para o mês de setembro para concessão do certificado de Zona Livre de Febre Aftosa.
AFTOSA – A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, suínos, caprinos, búfalos e ovinos. O animal contaminado apresenta febre alta, salivação, depressão, cansaço, anorexia e andar coxo, causado pelas vesículas dolorosas que aparecem nos espaços interdigitais das patas do animal. O perigo maior da febre aftosa é o fato de ser uma doença altamente contagiosa, podendo se alastrar por enormes áreas com facilidade, gerando sérios prejuízos econômicos para os pecuaristas. Por esse motivo, quando se descobre focos de febre aftosa, todo o rebanho é sacrificado, para assim evitar o perigo da disseminação da doença.