Em suas inúmeras variantes ao longo do tempo, as drogas ilícitas sempre foram motivo de recorrente preocupação para a sociedade e para as autoridades constituídas. É sabido que desde tempos imemoriais a humanidade faz uso regular de substâncias entorpecentes e estupefacientes. O fato concreto é que a disseminação do uso de drogas ilícitas produz e acumula uma série de graves problemas de saúde pública e segurança, que acabam por afetar toda a sociedade. Preocupado com essa realidade o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) revelou que na volta do recesso parlamentar apoiará a instalação de uma comissão mista de deputados e senadores destinada a estudar projetos de lei relacionados à dependência química será no Congresso.
Segundo ele, a discussão em torno da comissão mista aprovada em dezembro na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), ao qual integra terá entre seus objetivos a proposta de atribuição de maior poder à Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), como também que a Senad, hoje subordinada ao Ministério da Justiça, passe a ser vinculada diretamente à Presidência da República, adquirindo status de ministério.
Outra medida importante, de acordo com Vital, é a revitalização, ampliação e funcionamento ininterrupto ou nos horários de maior demanda dos centros de atendimento psicossocial, criados pelo governo para o atendimento de dependentes químicos de álcool e drogas.
CNM- Vital do Rêgo cita que a plataforma de informações lançada semana passada pela Confederação Nacional dos Munícipios (CNM) que trouxe a geografia do consumo de crack no Brasil revela uma situação preocupante. Na Paraíba, por exemplo, das 164 cidades pesquisadas 133 mostraram a existência de circulação de drogas, como o crack e outros entorpecentes. “sem uma política pública de prevenção e assistência bem articulada não chegaremos a lugar algum”.
Campina – Vital do Rêgo lembrou que a cidade conta com sete unidades do CAPS Saúde, que serão ampliadas para 12 dentro de 49 dias. “Essa atitude do prefeito Veneziano e uma politica clara para erradicar essa mazela das drogas de nossos jovens e pretendo levá-la para outros municípios brasileiros”, disse.
Sem apoios – Vital citou que só 8,43% das cidades brasileiras alegaram possuir algum programa municipal de combate ao crack. Porém, mesmo sem um programa definido e com a falta de apoio das demais esferas de governo, 48,15% dos municípios realizam campanha de combate ao crack, aponta a pesquisa.
O senador Vital do Rêgo lembrou que a presidente eleita Dilma Rousseff, em diversas ocasiões, citou o combate ao crack como uma de suas prioridades no plano de governo. “Ainda como pré-candidata, Dilma afirmou que estava preocupada com a droga, que, segundo ela, “mata, é muito barata e está entrando em toda periferia e em pequenas cidades”, prometendo enfrentar “essa ameaça com autoridade, carinho e apoio””.