Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Corretora acusada de racismo contra criança se defende: “Fui injuriada e difamada”

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

A corretora de imóveis e empresária Karinna Leite Araruna encaminhou ao ParlamentoPB na tarde de hoje uma nota na qual comenta as acusações feitas contra ela pela vereadora Sandra Marrocos (PSB) durante a sessão de ontem da Câmara de João Pessoa. Na oportunidade, Karinna foi acusada de racismo contra uma estudante de 12 anos, neta de Pinto do Acordeon e colega de turma de sua sobrinha no Colégio Master Bessa, na capital paraibana. Sandra foi procurada pela família da garota e apresentou um voto de solidariedade a ela, criticando Karinna, a quem atribuiu ainda a agressão física de “aperto no nariz” e uma cusparada no rosto da menina.

Karinna, em sua nota, diz que nenhum dos fatos sequer existiu. Alega que não é racista até porque é filha de um negro e tem “sangue negro correndo nas veias”. Mais do que isso, acrescentou que sua sobrinha vinha sendo alvo de bullying na escola e atribuiu as denúncias a “mágoas antigas da mãe da garota”.

Confira a íntegra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Esses últimos dias têm sido bem difíceis em minha vida, pois me deparei, de forma injusta e desproporcional, em meio a um “furacão” que colocou minha vida “de pernas pro ar”, na tentativa de manchar e macular meu nome e minha dignidade. Fui acusada, julgada e condenada sumariamente, sem qualquer direito de defesa ou sequer o direito básico de contar o meu lado de uma história na qual me envolveram e da qual não dei causa e muito menos agi da forma narrada. Fui “apedrejada” por pessoas que sequer me conhecem e que não testemunharam ou viram qualquer prova do fato. Diante dessa realidade, hoje resolvi quebrar o silêncio e me pronunciar pela ÚNICA e ÚLTIMA vez sobre a questão, contando a minha versão dos fatos.

Para aqueles que não me conhecem, meu nome é KARINNA LEITE ARARUNA LIMA, filha de família sertaneja, de um PAI NEGRO e uma AVÓ NEGRA, com muito orgulho. Sou casada há mais de 20 anos e tenho dois filhos adolescentes. Trabalho desde os 17 anos, sendo atualmente corretora de imóveis e empresária do ramo da construção, muito respeitada em nosso estado, mantendo sempre minha reputação ilibada e distante de quaisquer condutas que maculassem a minha imagem.

Sempre pautei minha vida na retidão e na honestidade, criando meus filhos com esses conceitos no coração. Como acima dito, na ultima semana, me vi sendo acusada injustamente da prática de vários crimes contra uma menor, dentre eles elencados “lesão corporal” e “racismo”, ou, mais precisamente, injúria racial.

O fato se deu na frente da escola de minha sobrinha, mas de forma bem diferente daquela que vem sendo divulgada. Tudo começou com uma longa história de bullying que envolvia minha sobrinha como vítima e a menor (suposta vítima). Esse fato foi reportado à diretoria da escola, mas, mesmo com a intervenção da mesma, perdurava na surdina nos corredores, nos cantos das salas de aulas e entre grupos de colegas de sala, como esse tipo de ação normalmente ocorre, machucando a vítima no silêncio, gerado pelo medo da represália.

Cumpre esclarecer que o que houve foi uma conversa tranquila, na qual apenas se questionou o bullying existente, sem NENHUMA AGRESSÃO FÍSICA, como dito em tantos posts publicados em redes sociais. A ausência de agressão é facilmente comprovada pela falta de realização de um exame de corpo de delito na suposta vítima.

Esse documento nunca foi sequer produzido, uma vez que a suposta lesão nunca existiu.

Como se já não bastasse, fui ainda acusada da prática do crime de injúria racial, dito por muitos nos posts de redes sociais como “racismo” (crime hediondo e inafiançável, que não corresponde à acusação em questão). Desse modo, foi dito que eu teria, na conversa acima descrita, chamado a suposta vítima de “negrinha bocuda”. Esse fato nunca existiu, primeiramente por ter sangue NEGRO correndo em minhas veias com orgulho, pois sou filha e neta de NEGROS, tendo irmão e VÁRIOS PARENTES PRÓXIMOS NEGROS também. Além disso, a menina que se diz vítima de racismo, a meu ver, é branca, podendo até ser descendente de negros, assim como eu, mas tornando injustificadas ainda mais a acusação das “agressões raciais” nos termos divulgados.

Mesmo diante de argumentos acusatórios tão falhos e em desacordo com a verdade dos fatos, eu fui ameaçada, caluniada, injuriada e difamada por pessoas que conheço e principalmente por pessoas que não fazem parte de meu círculo social e são completamente estranhas à minha pessoa. Me vi não apenas no meio de um “furacão” de acusações falsas, mas também vitimada por crimes que serão devidamente apurados.

Encerro essa nota exaltando a minha inocência e deixando claro que nunca agredi ou injuriei a menor de idade em questão ou qualquer outro menor em toda a minha vida. Não imaginei que mágoas antigas da mãe da menor contra a minha pessoa pudessem, depois de anos, ecoar de forma tão injusta e em desacordo com a verdade.

Não falarei mais em redes sociais sobre o assunto e todos os fatos postados e compartilhados já estão nas mãos de meus advogados do corpo jurídico do escritório MOUZALAS, BORBA & AZEVEDO, representados pelo advogado Dr. GUSTAVO BOTTO, que me representam em busca de verdadeira justiça no caso em questão.

 

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

meicartaz

MEI: prazo para entrega da declaração anual termina em maio

defensoriacampina (1)

Justiça determina nomeação de assistentes sociais em concurso de Campina Grande

Cabedelo-Forte-de-Santa-Catarina-Imagem-Daniell-Mendes-16

Iphan é condenado em ação do MPF e deve aumentar segurança na Fortaleza de Santa Catarina

rest week (1)

Paraíba Restaurant Week chega à reta final em 45 restaurantes de João Pessoa

Luciene Gomes, 1

TCE dá prazo para Luciene Gomes justificar contrato de R$ 19 milhões para melhoria da iluminação pública

Animais adoção em jp

Governo promove neste sábado, em Mangabeira, feira de educação, cuidados e adoção animal

Festas

MP recomenda medidas para eventos festivos em cinco municípios paraibanos

padre egidio ex diretor hospital padre ze

Padre Egídio tem alta hospitalar e passa a cumprir prisão domiciliar

Câmara municipal de Patos

Vereadores de Patos aprovam reajuste de 70% no próprio salário, que começa a valer em 2025

Cigarros eletrônicos

Anvisa decide hoje se mantém proibida a venda de cigarros eletrônicos