Estamos vivendo um tempo de tanta intolerância entre os diversos segmentos sociais que temos de medir cada palavra emitida, a fim de que não seja interpretada como discriminatória. Em outros tempos bastaria dizer “aos leitores” para ser compreendido que os destinatários seriam os dois gêneros. Mas, agora, nestes tempos atuais, somos levados até a enfear a língua portuguesa – e temos de assistir, de vez em quando, ou por políticos ou mestres de cerimônias, saudações do tipo “a todos e a todas”.
Por isto, nestes esclarecimentos, no título dissemos “leitores e leitoras” em vez de simplesmente “leitores” como palavra representativa, aqui, dos dois gêneros. Prontificamo-nos, entretanto, nos artigos subsequentes não mais fazer “ladainhas” assim!
Reportemo-nos, pois, especificamente, a três leitores que enviaram seus pontos de vista sobre o que escrevêramos quanto a Paraíba interiorizar sua respectiva capital, também sugerindo que a cidade bem mais adequada para receber a estrutura para tal seria Taperoá:
– Anderson Freire entendeu que estaríamos sugerindo “capitais itinerantes”. Lúcia Gasner ponderou que “Campina Grande tem todos os requisitos necessários para ser a capital”. E Adriano De Campos asseverou que “a centralização geográfica da capital deveria ser seguida por todos os estados, evitando o inchaço já prevalecente na maioria das capitais que, só por estarem situadas no litoral, contam com recursos de atratividade turística que, por si, puxam o desenvolvimento econômico e, além disso, as decisões do governo ficariam mais próximas do esquecido interior”.
A seguir, as palavras são nossas, não mais dos leitores: – não houve, em nossos artigos sobre a interiorização da capital, sugestão para termos capitais itinerantes. A sugestão foi no sentido de que a capital passasse a ser uma cidade bem no centro geográfico da Paraíba e a que mais reúne condições nesse sentido é exatamente Taperoá. Dissemos também que certa vez, sobre este assunto, em entrevista na TV Master o comunicador/apresentador Padre Albení questionou “por que não em Patos?!…”. Respondêramos que Patos já se mostra urbanisticamente com muita dificuldade para nela “construir-se” uma cidade/capital e que o território patoense é menor que o de Taperoá, enquanto sua população já é quase 10 vezes a daquela. Ou seja: Taperoá apresenta-se bem adaptável a que na Paraíba fosse construída uma capital bem no interior do Estado, assim como Brasília o é em relação ao Brasil.