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Corpo de Bombeiros implantará postos avançados na Orla

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Implantação de unidades avançadas de salvamento em cinco pontos do Litoral paraibano, aquisição de duas viaturas ABT com capacidade de transportar seis mil litros de água e uma escada mecânica que alcance o 20º pavimento dos prédios – atualmente a escada disponível alcança até o 10º pavimento. Estas são algumas metas que fazem parte do plano administrativo do atual comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Luís do Nascimento. Estes postos avançados com pontos de observação e sala de atendimento pré-hospitalar ficarão localizados nas praias de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra, Bessa e Camboinha. Após a sua implantação, o coronel disse que tentará fazer parcerias com as prefeituras de Lucena e do Conde para construção de postos semelhantes para atendimento com viaturas e efetivo.

Este projeto, segundo o comandante, está sendo avaliado por técnicos da Superintendência de Administração do Meio Ambiente  (Sudema) e da Secretaria de Meio Ambiente ( Semam) para verificação do impacto ambiental para construção destes postos. “Será muito bom tanto para o turista como para as pessoas implantar um serviço que não existe que o de atendimento pré-hospitalar”, explicou. Ele ressaltou, também, os projetos para investimentos no quartel central da corporação, destacando as construções de um ginásio e de uma piscina olímpica.       

Ainda na área de salvamento, a corporação deve reforçar o atendimento com uso de motocicletas em casos de socorro para atendimento mais rápido. Elas terão equipamentos portáteis para atendimento pré-hospitalar às vítimas de acidente, de combate a incêndio e demais ocorrências. Também está sendo adquirido um novo instrumento para a liberação de vítimas presas em veículos envolvidos em abalroamentos.

Segundo ele, o Batalhão de Busca e Salvamento fez um plano de operação em todo o Litoral, com destaque para as praias mais procuradas. Assim, os bombeiros militares tiram serviço nas praias de Acaú, Pitimbú, Jacumã. Há também trabalho de prevenção na Baía de Traição e Barra de Gramame, que são considerados pontos críticos. “Gramame tem arrebentação não muito grande, mas a correnteza é forte e as pessoas estão se afogando na região em razão disso”. Para essa atividade, no entanto, não tem parcerias com prefeituras

Hidrantes – João Pessoa tem uma rede de hidrantes insuficiente para atender a demanda. Dos 49 instalados na cidade, 38 estão em funcionamento e 11 estão inutilizados. O coronel Pedro Luís adiantou que esteve com a diretoria da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) para tratar da expansão dos serviços, pois o crescimento da cidade não foi acompanhado da ampliação do sistema de hidrantes. A proposta apresentada pelo Corpo de Bombeiros seria a instalação de 8 hidrantes por mês. O ideal, segundo as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT), seria o funcionamento de 570 hidrantes na cidade de João Pessoa.

Há um compromisso, segundo o coronel Pedro Luís,  de que em novos conjuntos habitacionais populares seja instalado o hidrante. Apesar dessa defasagem, a cidade de João Pessoa tem baixa incidência de registro de incêndios, o que é atribuído ao trabalho preventivo realizado pelo Corpo de Bombeiros. “Temos feito um trabalho muito grande na prevenção. Talvez João Pessoa seja a capital com maior quantidade de equipamentos contra incêndio instalados. As edificações estão sofrendo regularmente as vistorias do Corpo de Bombeiros. Precisaríamos ter um contingente muito maior para atender todos os prédios, porém a maioria das edificações está com seus certificados em dia com sistema preventivo móvel e fixo em ordem”, assegura o comandante.

Projeto –  O comandante Pedro Luís disse que existe um projeto apresentado à Suplan para melhoria da sede com a construção de um ginásio e piscina para práticas de esportes pelos bombeiros em formação e para o desenvolvimento de projetos sociais, como o “Bombeiro na Escola”. Nele, o bombeiro vai até a escola, dá palestras a respeito de atendimento hospitalar, queimaduras e de combate a incêndio para os alunos do colégio escolhido pela Secretaria de Educação.

"É um projeto caro, mas que tem uma aceitação muito grande", explicou o coronel Pedro Luís, apresentando outras iniciativas como o projeto Bombeiro Mirim, que trabalhará com crianças de 10 a 14 anos, trazendo-as ao quartel para conhecer a atividade do bombeiro, mostrando como é a função e ensinando também a parte de ações.

Favorável ao serviço voluntário de bombeiro, o comandante disse que há em alguns estados no Sul o bombeiro voluntário. A experiência também existe na Paraíba, na cidade de Areia, onde atua um núcleo de bombeiro voluntário. Ele acrescenta que o serviço de bombeiro tem uma estrutura muito cara. As prefeituras podem ter os seus serviços, inclusive com a orientação do Corpo de Bombeiros Militar, sendo possível deslocar um oficial para a prefeitura, de modo que ela faça a seleção e preparação do pessoal para receber aula de atendimento pré-hospitalar, de combate a incêndio e salvamento. A legislação permite a parceria entre a prefeitura e o estado.

Equipamentos – No plano de expansão dos quartéis, será instalado um em São Bento, município produtor de redes. Lá existe uma carga de incêndio muito grande porque tem algodão usado na indústria têxtil, a qual tem uma facilidade imensa de propagar o fogo. A unidade será instalada ainda este ano para fazer a prevenção.

A corporação não cobra taxas dos serviços que presta. A principal fonte é o Fundo Especial do Corpo de Bombeiros ( Funesbom), cuja receita é oriunda da taxa de incêndio cobrada dos proprietários de veículos, no momento do emplacamento ou da renovação. O coronel Pedro Luiz lembrou que foi feito um planejamento estratégico quando o governador José Maranhão criou o fundo, para se instalar 10 unidades do Corpo de Bombeiros no interior. “Só que o Governo que o sucedeu cortou em 50% o valor da taxa de incêndio e ficamos prejudicados na interiorização. Éramos para estar na maioria das cidades pólos da Paraíba”.

Por outro lado, ele afirma que a verba do Funesbom não é suficiente para investimentos, sendo necessário que o Governo apóie a compra de equipamentos. “Hoje a arrecadação está em torno de R$ 4,5 milhões. O equipamento de Corpo de Bombeiros é muito caro. Um ABT (autobomba tanque) está em torno de R$ 585 mil, e nós estamos comprando dois de 6 mil litros que devem chegar até o próximo ano. Uma escada mecânica está custando em torno de R$ 3,5 milhões”, revela o coronel, observando que é preciso o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP.

Rapidez no deslocamento – O telefone 193 que funciona 24 h por dia é a porta de entrada para a prestação de serviço. São cinco linhas em João Pessoa. O centro operacional encontra-se na Secretaria de Segurança Pública, onde o Centro de Operações aciona o oficial de serviço que se desloca para a ocorrência. “Até o final do ano  vamos implantar o Centro de Operação do Corpo de Bombeiros (COCB) para que seja mais rápido o deslocamento da viatura diminuindo o tempo de resposta. No Interior, a facilidade é maior, informa o comandante ao referir-se ao tempo médio e o tempo ideal. O tempo ideal seriam três minutos.

Antes, a chamada era no quartel e no momento em que era recebida, uma viatura do Corpo de Bombeiros ia se deslocando para o local. O tempo resposta aumentou um pouco. O problema da confirmação da chamada era durante o deslocamento da viatura. Agora é feita no Centro de Operações para depois acionar o oficial de serviço. Segundo ele, o ideal é que cada quartel receba a sua chamada. O deslocamento seria mais rápido.

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