As duas Coreias tentarão ainda neste ano dar um fim à guerra de forma permanente, diz comunicado divulgado nesta sexta-feira (27) após a reunião histórica entre os países, 65 anos depois do conflito bélico ter acabado com um armistício em vez de um tratado de paz.
Os dois países devem se reunir com os Estados Unidos e talvez a China (ambos signatários do cessar-fogo) “com o objetivo de declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido”, destaca o texto.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, também afirmaram nesta sexta-feira que estão comprometidos com a desnuclearização da península. “Coreia do Sul e Coreia do Norte confirmam o objetivo comum de obter, por meio de uma desnuclearização total, uma península coreana não nuclear”, afirma comunicado.
Um novo período na história intercoreana está começando, disse Kim Jong Un nna abertura da cúpula com o Sul nesta sexta-feira. “Eu vim para cá determinado a enviar um sinal de começo no limiar de uma nova história”, disse ele a Moon Jae-in, prometendo uma “mentalidade franca, séria e honesta”.
Algumas promessas feitas no passado não foram cumpridas. Desta vez, o dirigente norte-coreano se comprometeu a fazer o possível para levar adiante os compromissos assumidos com o presidente sul-coreano, que visitará Pyongyang no segundo semestre.
As duas Coreias se comprometeram com uma coordenação estreita para garantir que “não se repita a história infeliz que viu os acordos intercoreanos anteriores darem em nada”, afirmou o norte-coreano. “Pode haver contragolpes, dificuldades e frustrações no caminho, mas não se pode alcançar a vitória sem dor”, completou Kim.
A reunião também abordou a questão das famílias separadas pela guerra. Os dois países “decidiram continuar com o programa de reunião de famílias separadas por ocasião do Dia de Libertação Nacional em 15 de agosto deste ano”, quando é celebrada a rendição do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial, informa o texto.
Jornal do Brasil