Um dos assuntos mais comentados da semana foi a declaração do deputado estadual Wallber Virgolino (Patriota) em relação à senadora Daniella Ribeiro (PP) ao considerar que a parlamemtar seria tutelada pelo irmão, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP). Em seguida, a secretária da Mulher e Diversidade Humana do Governo da Paraíba, Lídia Moura, prestou solidariedade a Daniella, criticando o que chamou de “machismo” e violência política por parte do deputado. Wallber, então, voltou à carga e disse que Lídia estaria agindo a “mando” do secretário de Comunicação do Estado, Nonato Bandeira (Cidadania). Ao fim das trocas de farpas, o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher da Paraíba emitiu uma nota de repúdio às declarações de Virgolino.
O texto afirma que “o machismo demonstrado pelo deputado é mola propulsora das violências cotidianamente sofridas pelas mulheres. No campo político essa violência se manifesta pela desqualificação das mulheres, pela interrupção frequente das falas destas em ambientes políticos e, neste caso, pelo inconformismo de ver mulheres na mesma cena, no debate político e na formulação de proposituras que beneficiam as mulheres e toda a sociedade”.
A nota inclui, ainda, um pedido para que Wallber se desculpe: “O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher da Paraíba espera que o deputado reveja sua postura e refaça o caminho de construção de uma sociedade com inclusão de todas e todos, livre da violência. O Parlamento é campo adequado para posturas de respeito à mulheres”.
Ao ParlamentoPB, a secretária Lídia Moura afirmou que a Assembleia Legislativa da Paraíba deveria se manifestar a respeito do ocorrido. “O inconformismo do deputado é como se ele não suportasse a presença de mulheres na política e isso merece uma resposta da Assembleia Legislativa. Não é possível um deputado ter na sua conduta esse tipo de ataque às mulheres, sem fazer um debate sério e qualificado”.
Entenda a polêmica – Na segunda-feira, 21, o grupo de oposição ao governador João Azevêdo (Cidadania) realizou uma reunião para definir estratégias para as eleições de 2022. Ao ser questionada sobre o encontro, Daniella Ribeiro afirmou que não era a época adequada se debater o assunto, um ano antes do pleito e criticou a aglomeração dos representantes de partidos. Wallber, por sua vez, se manifestou sobre as declarações de Daniella, afirmando que não responderia a ela, porque a senadora seguiria a “tutela” do irmão, Aguinaldo Ribeiro, a quem acusou de viver em cima do muro. Lídia Moura, por sua vez, reagiu à fala de Wallber apontando nela a ocorrência de machismo e violência política contra Daniella. Em réplica, o deputado disse que Lídia teria agido a “mando” de Nonato Bandeira, secretário de Comunicação, e que Daniella teria tomado as dores do governador João Azevêdo, incomodado com a organização do grupo de oposição.