Principal porta de entrada para denúncias sobre violências contra crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar não recebeu do Geo Tambaú, embora obrigado por lei, qualquer denúncia sobre o fato.
Para o Conselheiro Tutelar da Região Praia, Jair Soares, o Conselho Tutelar é a principal porta de entrada, mas não a única, daí porque a denúncia não ter sido formalizada no Conselho.
O Conselheiro Tutelar disse que o fato que aconteceu no âmbito do Geo Tambaú não pode ser considerado fato isolado, uma vez que outras violências acontecem diariamente em várias escolas públicas e privadas de João Pessoa, o que demonstra a necessidade de implantação de um Protocolo de Prevenção de Violências, para que a partir deste se possa identificar possíveis violências por qual esteja sendo vítima crianças e adolescentes.
Para Jair Soares, a vítima em muitos casos tem medo de expor seu drama por causa da vergonha, e do medo das consequências de relatar, daí porque as formas de identificação deve ser sutis.
Segundo o Conselheiro, a aplicação do Protocolo de Prevenção de Violências no ambiente escolar pode ser executado por uma Comissão de Prevenção à Violência nas Escolas, que deve ser constituída por alunos, pais, professores, especialistas da escolas e direção.
Para Jair o Protocolo de Prevenção de Violências deverá compor um plano de ações que envolva atividades de educação, prevenção, e identificação dos casos de violências, por meio de escutas periódicas e aleatórias com estudantes, por meio de psicólogas e visitas domiciliares por assistente social em residências de possíveis vítimas de violências.
O Conselheiro Tutelar disse que irá dialogar com outros atores da rede de proteção dos direitos de crianças e adolescentes, bem como com a Assembleia Legislativa e Câmara Municipal para legislar sobre o tema.