Nos próximos anos, cada vez mais vamos ouvir e ler artigos técnicos falando de “Computação Quântica”, que já é uma revolução tecnologia sem precedentes no setor de TI (Tecnologia da Informação), de uma forma geral. Particularmente, o impacto “a confidencialidade das informações digitalizadas e a criptografia de senhas usadas em dispositivos eletrônicos e de aplicativos para smartphones” ficarão vulneráveis. Já sendo uma ameaça real e fonte da maior preocupação dos especialistas, devido o advento de “computadores quânticos”, como o “IBM Q”, que já começam a passar da fase de protótipos para “modelos comerciais”.
Computação Quântica (II)
Esta preocupação dos especialistas e usuários de TI em nível mundial, ficou patente em um estudo recente, realizado pela empresa americana DigiCert, Inc., especializada em segurança digital e uma das líderes mundiais deste setor. Segundo o documento da DigiCert, “71% das empresas globais, avaliam que o advento da Computação Quântica é uma grande ameaça à segurança de seus dados e que, em até 3 anos (ou seja até 2022), essa ameaça será realidade”. O impacto dessa nova tecnologia como escrevi acima é ampla, mas destaco (dentre muitos) um ponto: Em principio, as informações/dados digitais das organizações (governos e empresas) hoje estão (eventualmente) seguras caso estejam criptografadas, mas com a utilização de “Computadores Quânticos” por hackers, esses dados em breve, estarão vulneráveis e sem segurança! Mais informações no site: www.digicert.com/pt/post-quantum-cryptography/
“RCS”
Ainda como o “tema segurança”, RCS é o nome da tecnologia que anda preocupando o Facebook (empresa proprietária do WhatsApp), pois é um forte concorrente para o WhatsApp, cujos usuários estão preocupados com questões cada vez maiores, de segurança das mensagens trocadas via o aplicativo. A tecnologia “RCS – Rich Communication Services” (numa tradução livre: “Serviços de Comunicações Ricas”), é considerada a sucessora da antiga tecnologia (mais ainda utilizada) “SMS” (mensagens de texto) bastante usada no inicio da “era dos telefones celulares”. Com a chegada de aplicativos baseados em RCS (em principio, uma tecnologia bem mais robusta com relação à segurança) aos smartphones, “os sistemas de mensagens nativos destes aparelhos terão as mesmas funcionalidades encontradas no WhatsApp (gifs, stickers, mapas, áudios, imagens e claro, envio de mensagens bem mais seguras)”. É interessante destacar que, uma pesquisa realizada no ano passado pela GSMA (entidade que representa os interesses dos operadores de redes de telefonia celular em todo o mundo), concluiu que “51% dos entrevistados deixarão de usar o WhatsApp e outros aplicativos semelhantes, caso a tecnologia RCS ofereça as mesmas funcionalidades.”
“Operação Cruzeiro”
Matéria publicada recentemente, na “Revista Tecnologia e Defesa”, apresentou o estágio atual do desenvolvimento do “motor aeronáutico hipersônico” sendo realizado pelo DCTA – Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, órgão ligado a FAB – Força Aérea Brasileira. Denominada de “Operação Cruzeiro”, o primeiro “Ensaio em Voo” do motor, acontecerá no CLA – Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no Estado do Maranhão, no inicio do ano que vem e terá “como destaque o sistema integrado VAH – Veículo Acelerador Hipersônico formando um conjunto com o motor hipersônico, denominado de “14-X S” (em homenagem ao “14 Bis” de Alberto Santos Dumont). No teste, a ideia é “levar o motor hipersônico até sua condição de partida, a cerca de 7.500 km/h, na estratosfera terrestre”. Tudo dando certo, o Brasil estará em pé de igualdade, com relação a este tipo de tecnologia, com os países mais avançados e desenvolvidos.