Tanto na gestão Pública como na administração privada, há de se convir que tem que saber onde se quer chegar, quais são suas metas e seus objetivos.
Há um trecho no clássico livro “Alice no País das Maravilhas” em que a protagonista está caminhando pela floresta quando chega numa encruzilhada, onde inúmeros caminhos se apresentam. São vários trechos, estradinhas, placas de orientação e uma menina indecisa sem saber muito bem para onde ir. Eis que sob uma árvore surge um gato. Debochado, irônico e misterioso pergunta a Alice se pode ajudá-la. Então, eles têm o seguinte diálogo:
– Eu só queria saber que caminho tomar, pergunta Alice.
– Isso depende do lugar aonde quer ir, diz o Gato tranquilamente.
– Realmente não importa, responde Alice.
– Então não importa que caminho tomar, afirma o Gato taxativo.
Resumo deste singelo bate-papo: “Quando não sabemos para onde ir, qualquer caminho serve”.
E é a partir desta frase dita com sabedoria pelo Gato da clássica estória que vamos falar sobre três elementos fundamentais para a gestão, seja privada ou pública: PLANEJAMENTO, ROTINA E DISCIPLINA.
Nas próximas colunas, vamos abordar a ligação e sequência para poder ter um caminho mais suave e eficiente na busca de resultados. Não se trata de uma formula mágica ou de uma receita de sucesso, mas de uma observação pessoal obtida em alguns anos à frente da gestão pública como secretário Estadual e Municipal que fui, assim como na área privada, como gestor do Instituto Brasil Fiscal – IBF, que é uma GovTech voltada a prestar assessorias a entes públicos na área tributária fiscal, dentre outros serviços.
Vamos constatar que tudo é complementação e que não adianta ter o planejamento de metas e objetivos para sua equipe, se não há a criação de rotinas de trabalho. E que mesmo realizando o planejamento e criando as rotinas para executar tais planejamentos, se não houver a disciplina para a execução, de nada adiantará as duas etapas anteriores. Para dar início, hoje falaremos um pouco sobre o planejamento, e na próxima coluna abordaremos Rotinas e Disciplinas.
Uma gestão municipal (e também a privada) de sucesso indispensavelmente se inicia com um bom planejamento que vai literalmente pavimentar a estrada de uma boa gestão. Esse caminho para o objetivo na administração pública será resultado inevitavelmente de um planejamento bem feito, que deve se iniciar ainda nas definições da candidatura com a construção de um plano de governo no período que antecede as eleições, se intensificando e se concretizando durante a gestão. Essa é a situação ideal, contudo, não significa que você, gestor público, não pode criar o seu planejamento no momento que está, DURANTE A GESTÃO.
Cada ano de uma gestão é um ciclo que se renova, possibilitando sempre corrigir o rumo das ações. Aos que não realizaram o planejamento e não criaram as rotinas de execução, se há um momento ideal nesse cenário é a cada final de ano onde pode-se aprender com os erros e promover mudanças. É preciso saber onde se quer chegar pois como já foi dito: “Se você não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. Ao realizar um planejamento, mesmo que simplificado, a chance de alcançar o objetivo é muito mais efetiva.
Para visualizar a sequência do planejamento pode-se criar etapas como este exemplo:
1º Planejar
2º Organizar
3º Gestão do processo – Dirigir
4º Controlar – medir e realizar as verificações e mudanças necessárias
O planejamento nada mais é que vislumbrar os objetivos que deseja alcançar junto com sua equipe de gestão para o município ou sua empresa. É o mapeamento das ações, divididos em metas, que resultarão nos objetivos pré-estabelecidos. Após a etapa de planejamento, na qual é identificado o que se quer fazer e os resultados esperados, chegou a hora de se criar as ROTINAS, que nada mais é que descrever COMO será executado o que foi PLANEJADO. Mas isso é para nossa próxima Coluna! Abraços e um Feliz Natal.
