O Governo do Estado acionou a Secretaria da Segurança e da Defesa Social (SEDS) e vai à Justiça contra invasão de um prédio público pertencente à Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep), localizado naquela cidade. A invasão teria ocorrido na quinta-feira, 22, e foi seguida de ameaças de agressões a funcionários estaduais. As denúncias foram registradas em quatro boletins de ocorrência, na Delegacia de Monteiro.
No primeiro Boletim de Ocorrência (BO), registrado na tarde da quinta-feira, o diretor administrativo do hospital, Rômulo Santa Cruz César, denunciou que auxiliares da Prefeitura Municipal teriam entrado no galpão da Cinep e informado ao vigilante que os equipamentos seriam retirados do local. No dia seguinte, o diretor registrou um novo boletim, desta vez descrevendo as características dos equipamentos estocados no galpão e relatando que a invasão do prédio impossibilitou a vigilância dos bens. O terceiro boletim de ocorrência relata ameaças sofridas por funcionários estaduais que estavam no prédio.
Cinep – A Cinep, através de sua diretoria, informou que também efetuou um BO junto à delegacia local, comunicando as autoridades competentes os danos causados ao bem imóvel e que adotará as medidas legais pertinentes ao caso, nesta segunda-feira (26), visando a proteção do bem imóvel de sua propriedade. A Cinep também ressaltou que os invasores pretendem ocupar o prédio, no entanto não manifestaram qual finalidade seria dada ao mesmo evidenciando que a invasão é uma tentativa de evitar a atuação das ações do Governo do Estado naquele município, “valendo-se, para tanto, de violência e dano ao patrimônio público”.
Ainda segundo a diretoria, uma equipe composta por técnicos e advogados da Cinep esteve no local e comprovou que o prédio se encontrava lacrado com cadeados colocados pelos invasores. A polícia foi solicitada para fazer a vigilância do local e evitar avarias dos equipamentos do hospital. O terreno onde se encontra o imóvel alvo da invasão foi doado pela Prefeitura de Monteiro à Cinep, em 12 de julho de 2000, para a construção do prédio. A doação foi aprovada pela Câmara Municipal e escriturada em cartório. Sendo assim, o imóvel pertence ao Estado há quase 10 anos.