O senador Cícero Lucena, presidente estadual do PSDB, evitou comentar a crise gerada pela cobrança pública do suplente, Ricardo Barbosa (PSDB), de uma postura mais crítica por parte do líder do PSDB na Assembleia Legislativa, João Gonçalves. Segundo Barbosa, João estaria recebendo orientação política do governador José Maranhão (PMDB), que chegou ao poder depois de conseguir na Justiça, cassar o mandato do ex-governador tucano Cássio Cunha Lima.
Para Cícero, a provocação de Barbosa a Gonçalves é fruto de um momento de estresse político: "Quem tem de responder sobre isso é Ricardo Barbosa e o assunto é da bancada. Eu ainda não conversei com Arthur [Cunha Lima] e pretendo falar com ele sobre o que tem acontecido na bancada. Estamos vivendo um momento de estresse político. É legítimo o desejo de Ricardo Barbosa, de assumir. Ele teve mais de 20 mil votos, mas não houve a compreensão de alguns companheiros, que poderia tirar licença para ele assumir. Mas, não é nada que não possa ser equacionado", resumiu ele, durante entrevista na Rede Paraíba Sat.
Outro assunto que foi abordado com extrema cautela por Cícero foi a repercussão de uma matéria veiculada na Revista Época desta semana, dando conta do histórico processual do senador Roberto Cavalcanti. Cícero, que se livrou na semana passada de uma ação que o acusava de ter praticado sobrepreço em contratos firmados pelo município de João Pessoa com a utilização de verba federal com vistas à execução de obras de melhoria de infra-estrutura de transporte coletivo urbanos, preferiu ser solidário ao dono do Sistema Correio
"Eu me preocupo com todos os comentários que têm sido feitos sobre a imagem do Senado. Espero que todos tenham a chance de se defender. No meu caso, fui vítima de calúnias e Deus me deu oportunidade de provar inocência. Espero que os que têm sido acusados tenham a chance de provar sua inocência, ou não", declarou.