O candidato do PCB ao Governo do Estado, Francisco Oliveira, foi o entrevistado no final da noite de ontem no programa Conexão Master, da TV Master. Ele falou sobre suas propostas para a administração estadual, rechaçou a pecha de neófito na política e opinou sobre o processo, deflagrado em 2006 por seu partido e que culminou com a cassação do mandato do então governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
– Nunca tive a presunção de disputar o Governo. Nunca fui político, mas sempre fui um ativista. Onde houvesse uma manifestação popular que eu considerasse justa e não politiqueira, eu sempre estive – disse o candidato.
Ele negou que seu partido tenha servido como "laranja" para o candidato do PMDB, José Maranhão, mas admitiu que, em gestões passadas, pode ter havido uma "infiltração" de aliados de Maranhão com o intuito de deflagrar a ação contra o tucano Cássio Cunha Lima. Francisco, contudo, não citou nomes e nem soube dizer de que forma essa ingerência teria se dado.
Finalmente, entre suas propostas de campanha, o candidato do PCB afirmou defender uma sobretaxa às escolas particulares. O dinheiro do imposto extra, segundo ele, seria destinado a investimentos na educação pública.
Radical – Um ponto que mereceu a crítica contundente de Francisco Oliveira foi o instituto da reeleição.
– Isso é uma desgraça. Como é que eu, um mero técnico judiciário, tenho que me afastar do meu cargo e um governador, um prefeito ou o presidente da República, não precisa? Eu deixo de prestar um serviço que poderia ser feito simultaneamente à minha campanha, mas acham que eu poderia influenciar [o público]. Aí, uma emenda da reeleição diz que prefeitos, governadores e presidentes da Repúblicam disputam no cargo, com a caneta e o cofre. E isso vai parar onde? nos tribunais, com julgamento de abuso de poder econômico.