O presidente da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Chico César, reagiu com veemência ao ser informado do projeto apresentado pela vereadora Eliza Virgínia (PPS) na Câmara Municipal. O texto prevê a análise prévia da Câmara a respeito de obras de arte que serão colocadas nas ruas da cidade.
Para Chico César, o projeto é descabido:
– Não se pode censurar a Cultura. Tenho muito respeito à Câmara, nas não acho que seja lá o melhor fórum para se discutir arte. Isso parece a inquisição e a inquisição já acabou. As obras de arte da cidade são escolhidas por um processo sério, ouvindo várias opiniões de quem entende de arte e respeitando o uso do dinheiro público.
A atitude de Eliza Virgínia foi uma repercussão à polêmica criada na oposição que tem acusado o prefeito de distribuir esculturas com suposto apelo anti-cristão em pontos como o girador da UFPB e o Parque Solon de Lucena. Os críticos do prefeito Ricardo Coutinho criaram um boato segundo o qual o "Cavaleiro Alado" (no girador do Centro de Tecnologia da UFPB), "O Porteiro do Inferno" (girador do Castelo Branco) e a "Pedra do Reino" (Lagoa) seriam sinais da crença do socialista em entidades da umbanda.