A CBTU anunciou reajustes tarifários de 6,3% em Recife e 5,9% em Belo Horizonte, a vigorar a partir do próximo dia 20. Além disso, também foi anunciada nova etapa do processo de recomposição de tarifas dos sistemas de VLTs de Natal, Maceió e João Pessoa, cujo valor da passagem irá para R$ 2,50, porém apenas a partir de julho, tendo em vista a maior vulnerabilidade das populações atendidas.
Os reajustes, segundo a CBTU, são inferiores aos 9% de inflação acumulada desde a aprovação do último reajuste destas praças, em janeiro de2019, implementado de forma parcelada, por força de acordo judicial, entre maio de2019 e março de 2020.
Em Recife, o reajuste é inferior ao recente aumento de 8,7% sobre as tarifas do sistema de ônibus. Em Belo Horizonte, o reajuste apenas iguala a tarifa do sistema de metrô ao valor que já era praticado pelo BRT (Move).
A Empresa deixa claro que pesou em sua decisão diversos fatores, não apenas econômicos, mas também o momento vivido pelo país em razão da pandemia e seu papel social. “Dessa forma, fez e faz o possível para minorar o impacto para seus usuários, porém, como Empresa Pública Federal subvencionada pelo Tesouro Nacional, não seria possível deixar de ajustar suas tarifas após 2 anos da aprovação de seu último aumento, de forma a não repetir políticas passadas de congelamento tarifário, que perduraram por mais de 17 anos, que tanto oneraram os contribuintes com o crescimento das subvenções através dos impostos federais e prejudicaram a qualidade dos serviços oferecidos, por terem sufocado financeiramente a Companhia e restringido sua capacidade de investimentos”, disse em nota.
A CBTU reforça seu compromisso com as populações por ela atendidas, no sentido de garantir o transporte nas localidades onde é socialmente vital, mas buscando também um maior equilíbrio financeiro, com redução da subvenção recebida dos impostos federais, ao mesmo tempo em que procura viabilizar melhorias nos serviços prestados, como nos recentes investimentos anunciados nos sistemas de VLTs e Metrô de Natal, João Pessoa e Recife, totalizando R$ 116 milhões.