Uma crise tem se tornado inevitável no âmbito interno do PSDB. O ex-governador Cássio Cunha Lima, depois de reunir a imprensa para dizer que permaneceria no partido e de marcar seu espaço como contestador às ações do Governo Maranhão III, tem se ressentido do fato de João Gonçalves, líder do PSDB na Assembleia, não se incorporar aos colegas nas queixas à administração estadual. João, aliás, tem sido visto em eventos promovidos pelo Governo e dialogando com secretários de Estado.
A mágoa de Cássio, expressa em conversas com aliados mais próximos, é evidente e deve culminar em uma reunião para chamar o feito à ordem e pedir que João decida que postura deve seguir. No caso de o deputado preferir seu estilo light de oposição, ele deve ser convidado a entregar a liderança do PSDB. Setores mais rigorosos do tucanato, solidários à insatisfação do ex-governador, vão além e admitem não ceder a legenda para a reeleição do parlamentar.
Por outro lado, João Gonçalves argumenta que não é de seu estilo fazer oposição sistemática e que mantém-se coerente com seu pensamento político, contestando ações administrativas que considera equivocadas.