O ex-governador e candidato mais votado para o Senado pela Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) confirmou ter havido uma movimentação na última segunda-feira, 10, na ação cautelar com pedido de liminar impetrada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) visando garantir seu direito de ser diplomado como senador. Segundo Cássio, contudo, a novidade foi a juntada de documentos solicitados pelo relator do processo, ministro César Peluso. Com isso, os autos estão conclusos para julgamento e um resultado sobre o pedido pode ser dado a qualquer momento.
– Estamos aguarando a decisão do ministro presidente do STF. A ação cautelar tme pedido de liminar e me permitiria assumir em 1º de fevereiro. Não há previsão de quando o presidente poderá despachar. É angustiante. Um sofrimento que vem se arrastando por muito tempo. De fato, a qualquer momento, dentro das possibilidades do presidente, ele pode dar um resultado em relação ao nosso pedido. Há uma discussão em aberto. Nada mais lógico e natural àquele que foi o mais votado que ser diplomado no cargo enquanto se discute o mérito. Diante da fumaça do direito, quando a decisão do TSE foi muito apertada, por 4×3, acredito que seria a decisão mais prudente. Tenho a meu favor a fumaça do bom direito e o perigo da demora
Na entrevista concedida à Rede Paraíba Sat, Cássio também tratou da escalação dos auxiliares do governador Ricardo Coutinho (PSB) e negou que os aliados do socialista, especialmente os do PSDB, estejam insatisfeitos com a indicação dos cargos no Governo do Estado:
– A escolha é muito pessoal. Ricardo Coutinho procurou pessoas competentes e qualificadas. Quando fiz aliança com Ricardo deixei claro que não era um compromisso fisiológico para que negociássemos secretarias e cargos. Queremos contribuir para o sucesso do governo de Ricardo porque ele significa o sucesso da Paraíba. Devemos ter esse sentimento e esse espírito. O PSDB tem uma participação no Governo, mas não é apenas onde ele participa que ele vai contribuir. Acredito que a Paraíba vai evoluir para eliminar o balcão de negócios de cargos do poder.
