O ex-governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), voltou a enfatizar hoje sua condição de candidato ao Senado Federal. Ele se queixou da disseminação de informações inverídicas por parte de seus adversários, utilizando meios de comunicação "partidariamente engajados". Segundo ele, "é uma postura desleal, antidemocrática". Ele garantiu que não tem a intenção de desistir da postulação e acrescentou: "Sou candidato até o fim".
– É um verdadeiro terrorismo o que tentam fazer. Não vou desistir e nem substituir minha candidatura. Sou candidato. O fujão dessa eleição não sou eu. Se a Justiça eleitoral fosse anular os meus votos, como teria me permitido fazer campanha até aqui? Eu fiz tudo que um candidato faz na eleição porque sou candidato. Não haveria lógica em deixar alguém fazer campanha se fosse anular meus votos. Isso não faria sentido algum. As pessoas vão perceber que isso não passa de uma tentativa de desestabilizar minha candidatura. Não sou de correr com a sela.
Ele ainda declarou que está otimista em um resultado favorável à homologação de sua candidatura depois que o ministro Hamilton Carvalhido se pronunciou a favor da postulação do ex-governador Ronaldo Lessa, afirmando que o período de inelegibilidade dele já havia expirado à época da sanção da Lei da Ficha Limpa. Cássio e seus advogados acreditam que o caso é idêntico ao seu:
– O TSE e o STF ainda não julgaram caso semelhante ao meu. O de Lessa é o mais parecido e servirá como referência. Como vivemos em uma democracia e temos que respeitar o estado democrático de direito, não há como entender que alguém que recebeu uma sanção como a minha e ter ficado inelegível por 3 anos, após ter cumprido isso, ver essa pena ampliada. Isso fere qualquer princípio do estado democrático de direito.