O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato mais votado para o Senado pela Paraíba, foi o entrevistado de estreia do programa Tambaú Debate, na Nova Tambaú FM (102,5 Mhz). Na conversa com os jornalistas Cláudia Carvalho, Josival Pereira e Paulo Neto, ele comentou fatos de seu passado, opiniou sobre a provável nomeação de seu adversário político José Maranhão (PMDB) para uma vice-presidência de Loterias da Caixa e também fez projeções para um futuro político, caso sua crença de assumir o mandato como senador não se confirme:
– Meus planos são de assumir o Senado. Caso a decisão final do STF, falo no campo da hipótese, porque registro em negrito que confio na decisão favorável porque creio na Constituição e nos ministros, eu vou continuar com as atividades no meu escritório de advocacia com meus três sócios Harrison Targino, Luciano Pires e Jovino Neto, e talvez busque outras alternativas que a vida me ofereça. É difícil dizer se continuarei na política porque se trata de uma perspectiva de médio ou longo prazo. Pode ser que eu me agrade dessa vida mais tranquila que o mundo privado pode oferecer. Tenho muito orgulho do que fiz na minha trajetória. Trabalhei pelos que mais precisam, fui acessível a críticas e contribui para avanços da Paraíba, mas tem um preço que se paga na vida pessoal e familiar. Não posso projetar o futuro.
Sobre a eventual candidatura do filho Diogo a prefeito de Campina Grande, Cássio disse que esse projeto não existe e explicou que uma foto divulgada na internet mostrando o jovem empresário discursando seria "uma brincadeira" e não uma constatação de que seu filho mais velho estaria se preparando para o ingresso na política:
– Essa foto foi uma brincadeira. Ele me acompanhou em um debate da campanha promovido pela TV Master. Depois do debate, ele entrou no estúdio e eu, numa brincadeira, disse pra ele ir para o meu lugar para fazer uma foto. Isso circulou na internet, mas foi uma brincadeira. De fato, já havia esses rumores, mas para antecipar outra pergunta: vai ser decidido mais no futuro, mas ele sequer é filiado. Ele pode se filiar até o prazo da legislação, mas por coerência, eu acho que a decisão de 2012 fica para 2012.
Em relação a José Maranhão, Cássio explicou o reconhecimento público que faz da contribuição do adversário para o cenário político paraibano e negou que tivesse querido, com isso, pavimentar uma eventual aproximação:
– O sentido macro disso é de acabar com essa estória de que, por ser adversário, só tem defeito, não tem virtudes. Eu tenho diferenças com a prática política de Maranhão que foram registradas ao longo do tempo e nas campanhas de forma mais intensa e o povo decidiu sobre essas linhas de ação, mas seria absurdo pelo fato dele ser adversário eu dizer que nada dele presta. Não é possível que durante três mandatos, não tenha ficado nada de bom.
Mais especificamente sobre a provável nomeação do peemedebista para uma vice-presidência de Loterias da CEF, Cássio brincou:
– Não sei exatamente qual a função de um diretor de loterias. Tenho impressão de que é um sorteio, ou o cabra tem sorte ou azar, não se tem como interferir. Não conheço as atribuições da diretoria de Loterias ou o que ela pode trazer de positivo, mas espero que seja de muita sorte para a Paraíba.