O senador eleito Cássio Cunha Lima (PSDB), disse hoje em entrevista que não preparou nenhum projeto para o Senado Federal, pois resolveu esperar decisão final. Ele diz ter sido confiante na vitória esse tempo todo, mas nunca gostou de colocar o “carro na frente dos bois”.
– Eu estava preparado para as duas situações, acho que a vida ensina isso. A vida não é só de vitórias e sabores, a vida às vezes é de derrotas e dissabores. Me preparei psicologicamente para os dois resultados, sempre acreditei no resultado positivo e fui confiante. E de fato o resultado bom veio. Nunca desacreditei e essa vitória é da perseverança. Não queria colocar os carros na frente dos bois e preparar projetos. Achei que seria um pouco de soberba, pois não tinha uma situação definida. Teremos tempo para isso, as idéias estão concebidas, vou pegar o trem andando e preciso me preparar e me adaptar. Só aí começar a produzir.
Cássio fala também sobre a divergência dentro do PSDB e diz que em breve esse quadro vai mudar, ele se referiu a eleição para presidente que está marcada para abril. Na ocasião serão discutidas as situações dos divergentes.
– O partido é governo. Existe uma divergência com relação ao presidente Cícero Lucena. O PSDB é governo, isso não se discute. Nós apoiamos o projeto do governador Ricardo. O partido tem agora para abril a data prevista par a renovação dos diretórios municipais e estaduais. Esse é um excelente momento para discutir e reorientar a direção do partido naquilo que for sintonizado com a maioria. O partido é dos filiados e eles darão a palavra final. Não vamos fazer confronto, vamos encontrar no diálogo a solução para a divisão do PSDB.
O senador também comenta o apelo que fez ao vice-governador Rômulo Gouveia para que ele continue no PSDB. Segundo Cássio a saída de Rômulo pode ser prejudicial para o projeto político de 2014.
– Você faz aqui e reflete la na frente. O apelo que eu faço a Rômulo é que ele continue no PSDB, pois a sua saída pode criar um ambiente de dificuldade para a composição da chapa de 2014.
Cássio contraria as opiniões e afirma que não deseja que seu filho Diogo Cunha Lima entre na política.
– Eu espero que ele siga meus passos em outros aspectos, menos na política. Eu tenho dito isso incessantemente e as pessoas não acreditam. A decisão é dele, mas ele não vai encontra o meu estímulo para entrar em política. Ele é muito jovem, eu entrei na idade dele e sei o quanto foi difícil pra mim, na minha vida familiar e em tudo.