Na última semana, o programa eleitoral de Cássio Cunha Lima veiculou matéria na qual denunciou o abandono, por parte do Governo do Estado, do CAIC de Mangabeira. No mesmo programa eleitoral, é dito claramente que o prédio funcionou "três anos sob a responsabilidade do atual governo". Um documento do próprio governo evidencia que houve imprecisão na informação do guia de Cássio: na verdade, a escola ficou sob a gestão de Ricardo Coutinho por três anos e meio, sendo sistematicamente abandonada e sucateada.
"Impressiona que o governo ainda consegue piorar o que já estava ruim, pois no documento distribuído à imprensa, está dito que nos últimos três anos e meio o Caic de Mangabeira estava sob o poder do Estado e apenas no dia 10 de junho deste ano é que foi repassado para o controle do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB)", declarou o deputado estadual Francisco de Assis Quintans.
O deputado critica o fato de o governo ter fechado cerca de 233 escolas em todas as regiões da Paraíba, neste mesmo período. E, no caso do CAIC, acredita que, agora, após o repasse para a responsabilidade do IFPB, a unidade escolar finalmente poderá ter a esperança de revitalização. Ao mesmo tempo, observa que, na gestão Cássio, esse tipo de problema não será resolvido fechando-se escolas.
Quintans lembrou a fala de Cássio, quando, fazendo uso de dados do Ministério da Educação, criticou a situação atual na Educação Pública da Paraíba sob responsabilidade do Governo do Estado, nas três modalidades de ensino. No Fundamental, Cássio deixou em 2008, 358.618 vagas; na atual gestão, esse total foi reduzido para 256.760 vagas – ou seja, uma queda de 108.858 ou 28% a menos de vagas oferecidas pelo Estado.
No tocante ao Ensino Médio, Cássio lembrou que sua gestão computou 127.509 vagas. No atual governo, novo retrocesso: apenas 110.829, ou 13% a menos.