Ao comparecer na tarde de sexta-feira ao congresso estadual do PPS, em João Pessoa, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) gerou uma série de especulações sobre a postura política que adotará nas eleições municipais de outubro. Houve quem entendesse que ele estaria sinalizando uma preferência por Nonato Bandeira, pré-candidato da sigla realizadora do evento, mas também especulou-se que o tucano já haveria decidido por Cícero Lucena (PSDB), em atendimento a um pedido supostamente feito pelo pai, Ronaldo Cunha Lima. Ao ser questionado sobre as possibilidades de apoio, Cássio evitou tomar partido:
– Ronaldo e Cícero foram companheiros durante o mandato no Governo. Eles são amigos fraternos e é muito natural que haja essa recomendação, assim como é natural a candidatura de Cícero. Mas, há uma contradição na minha posição em relação ao Governo do Estado e a posição de Cícero. O que eu não quero é que a eleição municipal interfira no campo estadual. Eu não estava presente, mas Cícero contou e contou com detalhes. É um pedido natural.
Na entrevista, Cássio também comentou o recurso impetrado pelo ex-senador Wilson Santiago (PMDB) de recuperar o mandato perdido. Terceiro colocado nas eleições, o peemedebista assumiu a cadeira no início do ano, mas depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal
– Eu nem vi nem soube. Ele exerce o direito de espernear. Perdeu as eleições e perdeu na Justiça, em decisão final do STF, que consagra o direito do povo paraibano. Ele tenta conquistar um direito que o povo não lhe concedeu.
Finalmente, ele disse que não tem conversado com o governador do Estado sobre a divisão do bloco entre as pré-candidaturas de Estelizabel Bezerra (PSB) e Nonato Bandeira (PPS) e evitou dizer qual dos dois prefere:
– Eu tenho conversado pouco com Ricardo sobre política. Nossa conversa não é diária. Eu ouvi de Ricardo que a candidata do PSB é Estelizabel, mas todos sabem da ligação que temos com o PPS e da própria ligação de Nonato com Ricardo.