O senador Cássio Cunha Lima praticamente descartou hoje à tarde a possibilidade de assumir a presidência nacional de seu partido, o PSDB, como tem sido cogitado na mídia nacional. Segundo ele, seu projeto pessoal é se fixar mais em Brasília, onde já tem residência por causa da atuação parlamentar, e atuar no mercado privado como advogado e consultor.
“Meu nome está sendo lembrado, mas não está nas minhas pretensões. Eu pretendo a partir de fevereiro começar uma nova etapa no setor privado. Foi essa a decisão que tomei”, disse o tucano, afirmando que caberá às jovens bancadas federal e estadual o papel de exercer a oposição ao governador eleito João Azevedo.
Cássio ainda comentou a eleição na qual não consigou ser reeleito para o Senado e disse que o quadro eleitoral no Nordeste, com uma preferência pelo candidato Fernando Haddad que substituiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi o responsável pelo seu resultado adverso: “Em todo o Nordeste foram beneficiadas as candidaturas aliadas de Lula e isso se repetiu na Paraíba, também”, disse.
Sobre o pleito estadual, o tucano considerou que o fato de Luciano Cartaxo (PV) e Romero Rodrigues (PSDB) terem se retirado da disputa prejudicou a performance do bloco, assim como a colocação da candidatura de José Maranhão pelo MDB: “Eu sempre defendi uma candidatura única ao Governo e lutei pela união das oposições. Isso não foi possível. Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues se apresentaram como nomes da oposição. Quando chegou perto do prazo da desincompatibilização, eles optaram por ficar nos cargos e isso nos desfalcou”.