O ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) ocupou a mídia hoje para fazer severas críticas a seu sucessor, José Maranhão (PMDB). Ele acusou o peemedebista de ter realizado um desmonte da administração estadual, perseguindo servidores qualificados que ocuparam funções de destaque no governo tucano. Como exemplo dessa retaliação, ele citou o caso do Coronel Kélson Chaves, ex-Comandante da PM, que não tem função na corporação, atualmente; além do Major Souza Neto, que foi remanejado para uma função burocrática, mesmo tendo diversos cursos na área operacional.
"São sinais do atraso dessa nova gestão. Esses exemplos acontecem na Paraíba toda, mas cito esses dois casos que estão em João Pessoa. A imprensa tem dado uma trégua ao governador. Eu nunca tive um dia de sossego porque setores da imprensa viviam nos meus cós", disse Cássio, em entrevista à Rede Paraíba Sat.
Ele ainda confessou que não acreditava na hipótese de cassação do seu mandato, mas atribuiu a decisão a um erro de origem no Congresso: "Usando uma expressão bem popular, nem se Ruy Barbosa ressuscitasse, ele me absolveria. Minha desvantagem começou no TRE. Cheguei ao TSE com duas condenações. Vamos ser claros: a esposa de José Maranhão é desembargadora. Ela atuou na Justiça com muita pressão", declarou.
Ricardo Coutinho – Cássio não teve como deixar de comentar a especulação em torno de sua eventual aproximação com o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB). Ele negou que tenha conversado com o socialista, mas admitiu que a tese é "lógica": "Não existe nada de concreto. Mas, essa é uma lógica política que a Paraíba percebe".