O processo ajuizado pelo deputado estadual Guilherme Almeida que provocou a Justiça Eleitoral para ter o direito de deixar o PSB por justa causa será colocado em pauta para votação no Tribunal Regional Eleitoral na próxima segunda-feira, 31. Hoje, a juíza Niliane Meira, relatora do caso, anunciou que concluiu seu voto e que está pronta para julgar o caso.
Guilherme, que declarou ao Parlamentopb estar preocupado com o prazo que tem para se desfiliar do PSB sem a perda do mandato por infidelidade partidária, já não nutre mais a esperança de assumir a Secretaria de Interiorização do Governo em Campina Grande: "É improvável minha chegada à Secretaria. A estrutura já está montada. Eu não participei e fica cada vez mais difícil ingressar nela. Mas, se formos convocados, acredito que teremos condições de prestar esse serviço. Mas, há outro complicador: eu também teria que deixar a Secretaria para concorrer à reeleição como deputado estadual", disse ele.
Guilherme entrou em crise com seu partido em fevereiro, quando o governador José Maranhão (PMDB) convidou-o a assumir a Secretaria de Interiorização. Seu partido, contudo, apresentou uma resolução segundo a qual os deputados estaduais não poderiam exercer cargos na administração do Estado. Guilherme contestou o documento, que alegou ter sido forjado e decidiu recorrer à Justiça para deixar a sigla socialista.
O relator do processo, originalmente, era o desembargador Nilo Ramalho, mas ele averbou-se suspeito no último dia 17 depois de ser divulgado que um de seus filhos tinha um cargo comissionado na Prefeitura de João Pessoa.