Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Caseiro diz a senadores que não participou da morte de coronel da ditadura

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado informou hoje (6) que o caseiro Rogério Pires, suspeito de ter participado da morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães, negou envolvimento no crime. Na versão da Polícia Civil, o caseiro confessou a participação no latrocínio (roubo seguido de morte), no sítio do coronel, na Baixada Fluminense.
 
"Ele não confessou o crime, disse que não participou de nada, não sabia de nada, enfim, não confirmou a participação dele em momento algum", disse à imprensa a presidenta da comissão, senadora Ana Ria (PT-ES). Ela conversou com o caseiro Rogério, na Delegacia Antissequestro do Rio, acompanhada dos senadores da comissão João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
 
Segundo a presidenta da comissão, o caseiro, que é analfabeto, foi ouvido pela Polícia Civil sem  a presença de um advogado. “Nos estranhou muito uma pessoa como ele, que não sabe ler, não sabe escrever, não tem nenhuma escolarização, ter prestado depoimento sem um advogado. Isso é muito estranho”. Ela disse que Rogério não apresenta marcas de torturas e negou ter sido pressionado a prestar o depoimento à Divisão de Homicídio da Baixada Fluminense.
 
"Isto foi perguntado expressamente: Se ele, em algum momento, admitiu ter participado do assalto e do assassinato do coronel. Ele negou peremptoriamente. Disse que em nenhum momento admitiu isso [o crime]", acrescentou o presidente da Comissão da Verdade do Rio, Wadih Damous, que acompanhou a visita oficial da comitiva do Senado à delegacia onde está o preso.
 
O caseiro também contou à comitiva que não sabia da participação dos irmãos no crime. Segundo Rogério, que ficou amarrado com a esposa do coronel durante o episódio no sítio, ele identificou os parentes por uma tatuagem já que dois envolvidos usavam capuz. Ele também revelou que um dos envolvidos falava ao telefone no momento da ação, o que pode ser um sinal da participação de mais pessoas, avalia o senador João Capiberibe. 
 
Para o senador Randolfe, as declarações do caseiro levantam suspeitas sobre a possibilidade de execução do coronel Malhães. “Essa é uma hipóteses com que estamos trabalhando”, disse. O militar tinha confessado à Comissão da Verdade do Rio de Janeiro ter participado ativamente de tortura de presos políticos durante a ditadura militar e deu detalhes sobre a prática no Rio de Janeiro.
 
A Comissão de Direitos Humanos disse que solicitará imediamente auxilio jurídico ao caseiro, por meio da Defensoria Pública e Proteção à Família do caseiro. Ainda hoje, a comitiva do Senado se reúne como o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, para tratar do caso. 

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Operação da PF apura fraudes em financiamentos no Pronaf

Morre em João Pessoa o empresário Manoel Bezerra, dono das pousadas Bandeirantes

Juiz determina continuidade do concurso de Bayeux, suspenso desde 2021

Anteriores

bruno-morto-533x400

Homem é assassinado no estacionamento do Shopping Pateo Altiplano

trio

Sucesso da Jovem Guarda, Golden Boys, Evinha e Trio Esperança se apresentam na PB no Seis e Meia

gessinger

Virada de preços para shows de Humberto Gessinger em Campina Grande e João Pessoa

postesfios

Paraíba registra mais de 150 acidentes de trânsito com postes no 1º trimestre de 2024

Vereador-Joao-Sufoco-alhandra-751x500

Em sessão extraordinária, vereadores cassam de novo mandato de João Sufoco

Taxi 1

Taxista é preso suspeito de estuprar menina de 10 anos em João Pessoa

Renegociação de dívidas, freepik

Procon-PB realiza a partir de 2ª feira mutirão de renegociações de dívidas em JP

PMJP 21

Prefeitura de João Pessoa altera horário de expediente, que passa a ser de 8h às 14h

PRF fiscalização

Caminhoneiro é flagrado pela PRF portando nove comprimidos de rebite

Luciano Cartaxo 2

Luciano Cartaxo agradece apoio de Couto e fala como como pré-candidato novamente