O comerciário e radialista Marconi Tenório, um dos candidatos a presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores de Campina Grande, acusou a existência de um jogo de cartas marcadas para propiciar a eleição do secretário de Planejamento da Prefeitura, Alexandre Almeida. Tenório afirma que vários outros candidatos fazem apenas figuração para que o auxiliar de Veneziano seja sacramentado no processo de eleições diretas do PT, no dia 22 de novembro e desafiou o secretário a deixar o cargo para evitar mais influência da administração municipal no PED.
"Eu o desafio a deixar o cargo para diminuir a interferência desleal que estamos sofrendo. Há um puro jogo de cena na eleição do PT. O que Renato Gadelha faz no PT? A história dele não tem nada a ver com o partido. As relações familiares e pessoais de Renato indicam que ele apóia Alexandre. Peron Japiassu é suplente de vereador e só chegou ao cargo porque o prefeito permitiu e não tem coragem de contestar Alexandre. Se for eleito para o diretório, perde a vaga na Câmara. Raimundo Cajá não tem compromisso algum com o PT e vive ausente da rotina do partido. Está tudo canalizado para eleger Alexandre", declarou ele, em entrevista ao Parlamentopb.
Marconi fez outra grave acusação em sua entrevista. Disse que o PMDB está fazendo várias ingerências junto a militantes petistas: "O PMDB quer fazer do PT um segundo PMDB. Tem vereador reunindo petistas e querendo ditar em quem eles devem votar, mesmo sem o consentimento da direção do partido". Apesar de poupar a presidente municipal do PT, Terezinha Cavalcanti, ele acrescenta que os dirigentes temem se insurgir contra as interferências peemedebistas por causa dos cargos que muitos detém na Prefeitura.
Nem Couto e nem Rodrigo – Tenório rejeita tanto a candidatura de Rodrigo Soares quanto a de Luiz Couto para presidente estadual do PT. Ele alega que a briga dos dois não contempla o foco principal do debate de 2010: "Sou contra estadualizar a eleição do PT, ligando o partido a uma ou outra candidatura ao Governo. Importante, para mim, é destacar a candidatura de Dilma Rousseff. Na Paraíba, os dois candidatos a presidente do PT perderam esse foco.