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Caixa lança título isento de IR a partir de R$ 10 mil

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A Caixa Econômica Federal começa a oferecer nesta semana uma nova opção de investimentos para as pessoas físicas. O banco transformou uma parte de sua carteira de crédito imobiliário em um título que será vendido no mercado de capitais.

Esta é a primeira vez que esses títulos, chamados de CRIs (certificados de recebíveis imobiliários), estarão disponíveis para o varejo. Os investidores precisam de aplicação mínima de R$ 10 mil –em operações semelhantes no país, o valor mais baixo era de R$ 300 mil.

Os papéis, que têm como benefício principal a isenção de Imposto de Renda, serão remunerados por uma taxa fixa de 10% mais TR (Taxa Referencial) ao ano.

Os CRIs são uma boa opção de investimento para quem tem como objetivo deixar o dinheiro render no longo prazo –eles vencem em novembro de 2018.

Isso porque, para sair do título, a única opção para o investidor é vendê-lo no mercado secundário, que, para este tipo de papel, é pouco desenvolvido no país.

Em caso de venda, o investidor paga IR se o CRI for repassado a um preço maior do que o de compra –nesse caso, a alíquota incide apenas sobre o ganho de capital.

A emissão terá valor total de R$ 232,766 milhões e terá como objetivo testar o apetite dos investidores por esse tipo de aplicação. O volume é menor do que o projetado pela Caixa para esta primeira emissão, de R$ 500 milhões.

Riscos

Os riscos da aplicação estão relacionados à inadimplência nos financiamentos vinculados aos títulos.

Para reduzi-los, a Caixa cedeu à Brazilian Securities –que emitirá os papéis– 4.324 contratos de crédito imobiliário cujo prazo máximo para o término é de oito anos. Assim, já foi possível analisar o perfil desses tomadores de empréstimo.

Além disso, todos os contratos incluídos não apresentaram inadimplência nas parcelas pelo menos nos últimos 24 meses.

Para assegurar ainda mais o pagamento e diminuir os riscos, a Caixa comprará outros R$ 23,2 milhões — equivalente a 10% do valor total– dessas emissões para absorver uma eventual inadimplência na carteira.

A Fitch Ratings atribuiu a nota "AAA" para o título, o menor risco na escala.

Recursos

A securitização consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado de capitais. O investidor é remunerado com uma taxa de retorno que varia de acordo com as características do financiamento, descontados os custos e o ganho do banco.

A instituição financeira, por sua vez, pode usar o dinheiro sem ter de esperar até o último pagamento do tomador do empréstimo e, com isso, ampliar sua capacidade de financiamento. O risco de inadimplência, normalmente, fica com o investidor.

A emissão da Caixa é o primeiro passo de uma tendência que deve se acentuar nos próximos anos. Por conta da escassez de recursos que o setor deve enfrentar, os bancos terão que recorrer a formas alternativas de captação;

Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos em poupança para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da caderneta não acompanhe o dos empréstimos nesse setor.

De acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), até 2013 os bancos devem começar a ter dificuldades para fazer empréstimos com os recursos da poupança.

O saldo da poupança está crescendo 18% ao ano, enquanto a demanda subiu, em 2010, 65%. No ano passado, a poupança fechou dezembro com saldo de R$ 299,9 bilhões.

"A securitização da Caixa é um passo importante, porque nós temos que começar a buscar outras alternativas para o crédito imobiliário", afirma o presidente da Abecip, Luiz Antonio França.

Ele ressaltou, porém, que para que o mercado passe a utilizar com frequência esse tipo de títulos, é "fundamental" ter um mercado secundário para papéis de longo prazo. "Isso é muito importante para a saída eventual do investidor antes do prazo", diz.

Folha Online

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