A campanha pela Prefeitura de São Paulo testará o poder de mobilização suprapartidária da Igreja Católica, em uma eleição que colocará à prova sua identificação histórica com a esquerda, evidenciada nas alas progressistas e pastorais sociais.
A informação está na reportagem de Fábio Zambeli do "Painel", publicada na Folha deste domingo.
Petistas e tucanos, que tradicionalmente duelaram pelo apoio da metade do eleitorado paulistano que declara professar a fé católica, tentam agora impedir alinhamento automático de padres e bispos à candidatura de Gabriel Chalita (PMDB) –expoente da Renovação Carismática, corrente conservadora que avança entre os jovens.
Mesmo com as restrições impostas pela arquidiocese quanto ao engajamento direto de clérigos, Chalita, ex-coroinha, ex-seminarista e um dos difusores da comunidade Canção Nova, espera contar com fervoroso exército de cabos eleitorais carismáticos.
São 33 mil militantes ativos distribuídos em 412 grupos de oração na capital.
Folha Online