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Bruno Cunha Lima comenta “fofoca de Campina”: “Provamos os piores pesadelos”

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Na semana passada, um dos assuntos mais comentados em todo o país no Twitter, foi o termo “a fofoca de Campina”. Tratava-se de um vídeo íntimo da sogra de Bruno Cunha Lima (PSD) que vazou na internet e que relacionava o comportamento dela ao político. Hoje, o prefeito de Campina Grande comentou o assunto pela primeira vez e disse que ele e a esposa, Juliana Cunha Lima, viveram seus piores pesadelos. Mas, a publicação também traz uma notícia alegre: o casal espera o primeiro filho.

Confira a íntegra do texto de Bruno a respeito dos dois assuntos:

“O homem é dono do que cala e escravo do que fala. Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo.” (Freud)

Essa seria apenas mais uma publicação com um texto de dia da mulher se não fossem as circunstâncias do últimos dias. Há pouco mais de uma semana, vivemos, @julianafcunhalima, eu e nossa família, alguns dos piores dias da nossa vida. A vida é cheia de altos e baixos, ela é como uma grande montanha russa, onde em um dia você pode viver o momento mais feliz da sua vida e, um instante depois, você vive seus piores pesadelos. Foi exatamente isso que a gente provou. Numa semana, @julianafcunhalima e eu descobrimos que estamos esperando nosso primeiro bebê (Deus é bom ♥️), na outra, nossa família foi exposta ao ridículo, ao escárnio público. Intencionalmente.

Decidimos falar abertamente a respeito do que aconteceu porque, apesar da dor, não temos nada a esconder (e nem teríamos como). Além de não termos o que esconder, é preciso, sempre, lembrar que ninguém, além de nós mesmos, é responsável pelas nossas atitudes e escolhas. Da mesma forma, você e eu não podemos ser responsabilizados pelas escolhas e atitudes de ninguém, nem mesmo de um pai, de uma mãe, de um filho (maior de idade) e, muito menos, de um sogro ou sogra.

Nada disso, no entanto, nos surpreende. Não surpreende, mas entristece. Não surpreende, mas dói no coração. Abri este texto citando aquela frase de Freud porque, mesmo em silêncio, sem falar ou postar, tive a oportunidade de ver muita coisa, de receber muitos “prints” – alguns que doem mais pelos autores do que pelo que foi escrito. Vi pessoas usando fotos da minha esposa e das minhas cunhadas com o intuito de atingir ainda mais quem já tinha tantos motivos pra chorar. Vi minha esposa com seis semanas de gravidez chorar duplamente – chorar por não ter a convivência da mãe há mais de 10 anos e chorar por ver a mãe em uma situação tão delicada. Vi o quanto nossa geração está “perdida”, o quanto o amor das pessoas esfriou, afinal, ao invés de estender a mão para ajudar, essas mesmas mãos trabalharam para apedrejar quem já havia caído.

Termino sabendo mais de “Pedro” que de “Paulo” porque, embora nada apague o fato de que o conteúdo do vídeo ser uma lástima, a decisão de cooperar com a dor do outro escreve a respeito do nosso caráter com letras garrafais.

Nossa geração está doente. Nós estamos doentes. Vi postagens e tweets se aproveitando do que aconteceu para atacar cristãos e a igreja. Vi pessoas tentando criar fatos políticos e envolver até a política nacional. Vi e recebi mensagens de pessoas justificando que estavam postando e fazendo “piada” com a situação pra poder aproveitar o “hype”, para “ganhar seguidores” e engajamento, mas dizendo que isso não tinha nada de pessoal, era “só pelo crescimento”. Vi “amigos” rindo da dor e do sofrimento de uma família em publicações e grupos de WhatsApp. Vi algumas mulheres que enchem a boca (e as redes sociais) pra falar em “sororidade” sendo partícipes. Vi supostos “filhos do Deus vivo” fazendo piada/brincadeira enquanto pessoas choravam suas maiores dores e viam suas feridas expostas.

Até quando vamos olhar o cisco no olho do outro e esquecer da trave que está nos nossos olhos? Até quando vamos cooperar com a destruição de vidas e reputações e fingir que tudo isso é normal? Até quando vamos matar pessoas, disseminando nosso “ódio do bem”, nossa piada de mau gosto, a fofoca pelo entretenimento. Quantas vidas terão que ser perdidas para nos darmos conta que nos tornamos tóxicos? Não faz muitos dias que @walkyriasantosoficial perdeu um filho para o cyberbullying e para o suicídio, mas muitos de nós têm a memória curta e alguns que se solidarizaram com ela, cooperaram com novas dores. Talvez, muitos dos que criticaram (com razão) as declarações de “Mamãe Falei” são os mesmos que estavam fazendo piadas de gosto semelhante.

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