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Brasileiro José Graziano assume FAO com problemas de caixa e corrupção

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GENEBRA – O brasileiro José Graziano assume a direção da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) neste fim de semana. Mas tomará o poder sobre uma organização em crise. Países ricos bloquearam uma elevação do orçamento da entidade e documentos internos mostram que as suspeitas de fraude explodiram.

 
Até 2013, o brasileiro verá um aumento dos recursos de apenas 1,4%, o que não será suficiente nem para compensar a inflação mundial. No período, o orçamento da FAO prevê US$ 1 bilhão, além de US$ 1,4 bilhão em contribuições voluntárias, valor parecido ao do ano passado.
 
Os maiores responsáveis pelo congelamento do orçamento foram os governos europeus e dos Estados Unidos, que vêm adotando a mesma posição de austeridade em todos os organismos da ONU. Há poucos dias, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou um orçamento para a instituição com redução de 5% de gastos e o corte foi o segundo em mais de meio século de existência da ONU.
 
Na própria FAO, a crise contribui para a falta de recursos. Quarenta países estão com suas contribuições atrasadas e onze correm o risco de perder o direito de voto porque há mais de três anos não pagam suas contas. Até novembro deste ano, o buraco nas contas por causa de pagamentos atrasados superava a marca de US$ 100 milhões.
 
Fraude. Se não bastasse a crise financeira, os países ricos vêm adotando a postura de que a entidade deve ser reformada antes de que seja iniciada uma avaliação sobre novos recursos. Baseado em levantamentos feitos por auditores internos, governos europeus e dos Estados Unidos acreditam que a FAO é ineficiente e que dar mais dinheiro não resolveria a fome.
 
Alguns desses relatórios, obtidos pelo Estado, mostram a fragilidade da administração da organização. Apenas em 2010, 111 casos de irregularidades foram abertos. Mais de um terço se referia a suspeitas de fraude dentro da organização.
 
Em um dos casos investigados, a FAO admitiu uso indevido de recursos. Outro caso, de 2010, mostra que funcionários atuavam dentro da organização, violando princípios de conflito de interesse. Os auditores ainda pedem maiores controles sobre as atuações na Coreia do Norte, Sudão, Afeganistão e outros países.
 
Para o governo americano, que concede 22% dos recursos da FAO, a ordem é para Graziano limpar a entidade. Logo após sua eleição, o brasileiro recebeu a visita de uma missão da Casa Branca, justamente para falar sobre a importância da reforma.
 
Para pressionar, Washington tem também segurado suas contribuições regulares. No total, a Casa Branca deve à FAO mais de US$ 60 milhões.
 
As prioridades nos gastos também são criticadas. Hoje, mais da metade dos recursos vai para pagar salários de funcionários, e não para lutar contra a fome.
 

Estadão
 

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