O deputado estadual Branco Mendes (DEM) negou hoje que tenha algum tipo de conta rejeitada, quando foi prefeito de Alhandra durante oito anos e presidente da Câmara do município no período de dois anos. A reação dele foi contra a lista de 97 nomes divulgada ontem pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contendo os pedidos de impugnação de políticos com contas rejeitadas ou que estão com problemas na Justiça.
“Houve uma má interpretação e um grave erro por parte do Ministério Público Eleitoral”, declarou. Branco informou que esteve hoje no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e obteve uma certidão negativa que, segundo ele, comprova a inexistência de conta desaprovada ou rejeitada.
O parlamentar comunicou que toda a documentação, obtida junto a Corte de Contas, já foi entregue ao seu advogado que, por sua vez, fará a defesa, através de petição, e encaminhará as certidões ainda hoje ao TRE. “Houve um erro gravíssimo e a sociedade paraibana precisa ser esclarecida”, observou.
Branco admitiu, inclusive, que esse erro tem lhe prejudicado porque a imprensa vem divulgando o fato em todo o Estado. Na visão dele, o MPE interpretou mal a questão ao analisar o acórdão do TCE e, ao mesmo tempo, o parecer do conselheiro que analisou a prestação de contas. “Mas eu juntei o acórdão com o parecer do conselheiro, emitindo o voto de aprovação, acompanhando por todos os membros da Corte de Contas".
Ao ser questionado se o problema não seria a multa, o Democrata afirmou que o parecer, em momento nenhum, se refere a multa, aplicada pelo Tribunal, mas a eventuais contas rejeitadas que, conforme ele, não ocorreram. “Se todos os políticos do país, que pagaram multa quando eram gestores públicos, forem impedidos de disputar as eleições, ninguém será candidato”, ressaltou ele, acrescentando que, hoje, todos os ex-prefeitos, ex-presidentes de câmaras e ex-vereadores têm pago multas junto ao TC.