O deputado estadual Branco Mendes (DEM) reagiu com indignação à acusação feita ontem pelo prefeito de Alhandra, Marcelo Rodrigues (PMDB), de que a conta de água de um imóvel de propriedade do parlamentar teria as faturas de água pagas pela gestão anterior, do sobrinho de Branco, Renato Mendes. Rodrigues afirmou ter aberto uma sindicância para apurar o caso, além de mandar suspender o pagamento da conta.
Branco, por outro lado, afirmou que o imóvel em questão não é mais seu há pelo menos cinco anos e acusa o adversário de usar de má fé para tentar atingir sua imagem.
No prédio, segundo Branco Mendes, a prefeitura alugara duas salas: uma utilizada pelo programa Projovem e outra pela Secretaria de Ação Social. No contrato de locação, ainda de acordo com ele, previa-se o pagamento despesas como a água, por exemplo, desses dois ambientes e era o que se fazia. “Jamais se pagou conta do prédio inteiro, ressaltou.”
Embora tenha tenha vendido o prédio há mais de 5 anos, o deputado admite não ter regularizado a situação na Cagepa, onde ainda consta seu nome. “Trata-se, apenas de uma questão burocrática de que me descuidei, a transferência de propriedade nos arquivos da Cagepa”, comentou.
O deputado falou, ainda, que, em 1997, quando assumiu a prefeitura de Alhandra, o município era um dos mais pobres do Estado. Desde então saltou de uma situação de pobreza para se tornar uma das maiores receitas da Paraíba. Em janeiro, segundo Branco, a prefeitura teve R$ 5 milhões de receita. “Isso graças ao incremento industrial, que alavanquei, e aos royalties do petróleo; poucos sabem, mas, Alhandra é o único município paraibano a obter esse tipo de receita”, concluiu.
Branco Mendes disse que seria mais sensato e produtivo se o atual prefeito, “em vez de procurar chifres em cabeça de cavalo”, estivesse trabalhando para manter Alhandra no caminho do desenvolvimento.