O presidente Jair Bolsonaro participa, nesta quarta-feira (14/8), no Piauí, da cerimônia de inauguração de uma escola que leva seu nome. Localizado em Parnaíba, a 335km de Teresina, o colégio será militar — dirigido pelo coronel da reserva de Brasília, Eliezer Francisco Marques Santos — e receberá o nome de Jair Messias Bolsonaro.
Escolas mantidas pelo Estado, como qualquer bem público, não podem receber nome de pessoas vivas. No entanto, o novo colégio é mantido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), o que torna legal esse tipo de homenagem.
A instituição mantenedora integra o Sistema S, conjunto de nove instituições dedicadas, principalmente, ao ensino profissionalizante. Boa parte da renda que mantém as entidades vem de empresas, mas há também recursos proveninetes do governo. Ano passado, a arrecadação chegou a R$ 16,5 bilhões.
Trata-se a primeira escola militar do Sesc, que tem outras 11 unidades no estado. Serão ofertadas 400 vagas. O Brasil conta com cerca de 3.135 escolas públicas que homenageiam ex-presidentes da República.
Volta ao Nordeste
Esta será a terceira visita de Bolsonaro ao Nordeste em menos de um mês, após o episódio em que o presidente causou polêmica ao se referir aos governadores da região como “governadores de paraíbas”, em junho passado. O índice de aprovação do chefe do Executivo, desde então, nos estados nordestinos tem caído. Uma pesquisa XP/Ipespe registrou a marca de 53% da avaliação de ruim/péssimo.
No Piauí, Bolsonaro estará acompanhado do aliado Francisco de Moraes Souza (SD), conhecido como Mão Santa, ex-governador do estado e atual prefeito de Parnaíba. Mão Santa chegou a ser cotado para o cargo de vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2018.
Homenagens não param por aí
Além do nome da escola, a visita de Bolsonaro a Parnaíba será marcada por mais homenagens. O prefeito da cidade sancionou o título de cidadania parnaibana ao presidente e à primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Na mesma oportunidade, também será oficializada a troca de nome de uma avenida da cidade. Ela deixará de se chamar Avenida Dr. João Silva Filho para ser rabatizada de Avenida João Baptista Figueiredo, nome do último presidente do período militar. A decisão vai contra a recomendação da Comissão Nacional da Verdade, que sugere a alteração dos nomes de vias e locais públicos que homenageiam agentes da ditadura.
Correio Braziliense