O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez uma passagem rápida, sexta-feira (19), em Campina Grande. A comitiva presidencial desembarcou no Aeroporto João Suassuna por volta das 10h, onde foi recepcionado pelo prefeito Bruno Cunha Lima e seu antecessor, Romero Rodrigues. Ele não falou com a imprensa.
Sem máscaras, Bolsonaro deixou o aeroporto por poucos minutos, para falar com apoiadores.
Da Rainha da Borborema, o presidente seguiu para a cidade de Sertânia, em Pernambuco, para o início dos testes do Ramal do Agreste, mais um passo fundamental para garantir segurança hídrica no estado de Pernambuco.
É essa estrutura que, em conjunto com a Adutora do Agreste, vai distribuir a água do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco para até 2,2 milhões de pessoas.
O acionamento das comportas do primeiro trecho (chamado de Marco 1) será realizado nesta sexta-feira no reservatório de Barro Branco, em Sertânia, pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O acionamento das comportas possibilita o início dos testes na estrutura e o enchimento do sistema adutor até o Reservatório Góis (antigo Reservatório Negros). Após a testagem de todas as estruturas do Ramal e, posteriormente, da Adutora do Agreste, o abastecimento poderá ser iniciado.
Após sair de Barro Branco, as águas passam por oito trechos de canais, quatro sifões e três túneis, que somam 37,4 quilômetros, até chegarem ao Reservatório Góis, que tem capacidade de armazenar 14,7 milhões de metros cúbicos de água. Toda essa estrutura integra o Marco 1 do Ramal do Agreste, que ainda é composto por mais dois trechos, com previsão de conclusão até julho de 2021. O tempo estimado de testes é de 80 dias.
No total, o Ramal do Agreste tem 70,8 quilômetros de extensão e capacidade de vazão de 8 mil litros de água por segundo. Quando finalizado, vai levar as águas do Eixo Leste do Projeto São Francisco, que está em pré-operação desde 2017, à região de maior escassez hídrica de Pernambuco.
A obra, executada diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), tem investimento federal total de R$ 1,67 bilhão, dos quais R$ 1,3 bilhão já foram empregados. Desse montante, 88% dos recursos foram liberados no governo do presidente Jair Bolsonaro. Cerca de 2,6 mil trabalhadores atuam no empreendimento, que está com 84,15% de execução.
O Ramal do Agreste vai alimentar a 1ª etapa da Adutora do Agreste, que possui 690 quilômetros de extensão. Com a conclusão dos dois empreendimentos, 1,3 milhão de habitantes em 23 cidades pernambucanas terão abastecimento regular. Quando a 2ª etapa da Adutora do Agreste, com mais 710 quilômetros, for concluída, os beneficiários podem chegar a até 2,2 milhões de habitantes em 68 municípios.
A 1ª etapa da Adutora do Agreste está com 69% de execução e tem previsão de conclusão em dezembro de 2021. O investimento federal é de R$ 1,25 bilhão.