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Bira acusa CRM de interferência inadequada na saúde pública

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Hoje, o vereador Bira Pereira (PSB) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa para contestar as últimas ações do Conselho Regional de Medicina (CRM) da Paraíba. Segundo Bira, o empenho que o conselho tem apresentado atualmente para dificultar os diálogos entre os médicos e o poder público não foi visto em tantas outras situações emergenciais vividas pelo sistema de saúde do estado.
 
O parlamentar apresentou uma série de relatórios técnicos realizados entre os anos de 2009 e 2010 e encaminhados ao Conselho Federal de Medicina. Nos relatórios são mostrados dados que comprovam a contínua situação de superlotação, falta de medicamentos, médicos e distribuição de medicamentos vencidos no Hospital de Emergência e Trauma, em João Pessoa. Bira citou ainda um requerimento feito por ele em 19 de fevereiro de 2010, solicitando ao CRM a instalação de uma sindicância para averiguar duas mortes após procedimentos de cirurgias plásticas realizadas em João Pessoa, medida que nunca teve nenhuma resposta satisfatória do Conselho acerca das sindicâncias instauradas.
 
“Vi com perplexidade algumas atitudes tomadas pelo CRM da Paraíba no sentido de dificultar as negociações. Mas eu nunca vi o CRM fazer uma análise desses relatórios feitos em 2009 e 2010, nem um comparativo entre os valores dos plantões médicos pagos em outros estados com os valores pagos pela Paraíba, nem cobrar pelos plantões que o governo anterior reajustou e nunca pagou, dando calote nos médicos”, afirmou.
 
Bira se referiu às críticas feitas pelo CRM relativas ao fato de 10 médicos do Rio de Janeiro estarem trabalhando no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa desde a última sexta-feira (3). Os médicos foram contratados pelo governador Ricardo Coutinho para atuarem na capital do estado depois que foi decretado estado de emergência. A medida foi tomada após os médicos prestadores de serviço entrarem em greve,  e os 15 médicos concursados ameaçarem suspender o atendimento no Hospital.
 
Os médicos vindos do Rio de Janeiro ganharam R$ 1 mil pelo plantão de 12 horas, R$ 300,00 a mais do que recebem em seu estado de origem. Bira lembrou que se fizermos um comparativo entre os valores pagos aos médicos pelos plantões, veremos que a Paraíba, mesmo sendo um dos estados mais pobres da Federação, vai pagar aos seus médicos um valor superior ao pago pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que pagam em média R$ 700 por plantão; e o vizinho estado de Pernambuco, onde os médicos recebem cerca de R$ 1.300 por um plantão de 24 horas.
 
Bira encerrou sua fala afirmando que a função do CRM é fiscalizar a atividade exercida pelos médicos do estado, e não dificultar os diálogos, tão pouco e negligenciar a atividade exercida por esses profissionais. O parlamentar anunciou ainda que vai sugerir a instalação de uma Comissão Permanente para Apuração das Denúncias sobre as Omissões de Socorro e Negligências Médicas. Segundo Bira, a comissão vai contar com representantes do Ministério Público, do CRM e da sociedade civil organizada. “A população paraibana não pode ficar submissa a interesses corporativistas e atitudes que nem sempre são as mais dignas e coerentes com um estado republicano” concluiu.

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