A disputa entre as duas alas do PT da Paraíba para definir quem apoiar no próximo ano para o governo estadual começa a se transformar num verdadeiro jogo de xadrez. Em entrevista exclusiva para o i-blog (www.inaldoleitão.com.br), o deputado federal e presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, disse que tanto o apoio do PT à reeleição do vice-governador Luciano Cartaxo quanto a possível adesão de uma ala do partido à candidatura de Ricardo Coutinho (PSB) não são estratégicas, neste momento.
Segundo Berzoini, o impasse PT/PMDB será decidido em fevereiro do próximo ano, no Congresso Nacional do PT, não descartando uma possível intervenção no diretório estadual. “É muito cedo para falar em intervenção. A postura da direção nacional é buscar o entendimento. Não achamos que seja uma questão estratégica para o PT da Paraíba ou mesmo do PT nacional o apoio a qualquer um dos dois candidatos neste momento. O fato é que estamos no governo de José Maranhão, temos o vice-governador Luciano Cartaxo e temos alguns secretários participando dele. Um partido coerente que está no governo deve apoiar sua reeleição”, afirmou.
No que diz respeito à candidatura do deputado Michel Temer como possível vice da ministra Dilma Rousseff, Berzoini mostrou-se confiante. “Temos um pré-acordo com o PMDB. Se houver a coligação não há razão nenhuma para pensarmos em alternativas. Confiamos que o PMDB na sua maioria está com o projeto Lula, tem seis ministros de Estado e participação importante em várias áreas do Governo. Temer sem dúvida é um nome forte na disputa presidencial”, disse.
Na avaliação do presidente do PT, ainda há divergências partidárias em diversos Estados, mas é possível chegar num entendimento. No entanto, a situação mais delicada é no Rio Grande do Sul. “Há uma total falta de vontade na tentativa de fazer aliança por boa parte do PT e do PMDB gaúcho. Isso não quer dizer que não haverá peemedebistas apoiando a ministra (Dilma), mas a aliança será difícil de acontecer. Agora, no plano local haverá uma possível disputa entre o atual prefeito peemedebista de Porto Alegre, José Fogaça, e o ministro da Justiça, Tarso Genro”, concluiu.
Mônica Donato (Blog de Inaldo Leitão)