As últimas rodadas de negociações políticas na Paraíba na reta final para mudança de partido têm rendido muitas confusões e alguns episódios bastante peculiares. Nesta situação se enquadra a movimentação do deputado federal Benjamin Maranhão, ex-presidente do Solidariedade na Paraíba. O sobrinho de Zé voltou ao MDB, e disse ao tio que pretendia entregar o comando da sigla ao vereador João Almeida para que a legenda integrasse o arco de alianças do MDB.
Até aí, tudo estava certo e o senador, satisfeito com o retorno do sobrinho e o reforço em sua pré-candidatura ao Governo.
Mas, como o dia foi de intensas conversações, incluindo até a possibilidade de retorno de Luciano Cartaxo (PSD) a pré-candidato da oposição ao Governo, todos conversaram entre si. Cartaxo havia exigido unidade de todos os partidos para que ele assumisse a candidatura ao Palácio da Redenção. Os líderes se apressaram a costurar o acordo, mas esbarraram num obstáculo octogenário: Zé Maranhão não recuou de sua condição de candidato e o trato não vingou.
Sem Maranhão no arco de alianças, o PSDB tratou de atrair para si o Solidariedade que havia sido deixado por Benjamin e o sobrinho de Zé, que já tratara de esconder de seu comandante nacional, Paulinho da Força, sua saída da sigla [que só seria conhecida na última hora], também não contou ao tio que um tucano, provavelmente Bruno Cunha Lima, assumirá a presidência do partido na Paraíba, levando o SD para incrementar a provável candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) ao Governo.
Bruno aliás, também teria cogitado a migração para o MDB, o que teria gerado um mal estar com o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
As tratativas neste sábado estão intensas e até o fim da noite muitas mudanças podem ser concretizadas.